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China descarta fim dos subsídios no curto prazo


Um economista do Banco Mundial disse ontem que o sucesso da atual rodada de conversações sobre comércio global poderia ajudar a tirar da pobreza centenas de milhões de produtores agrícolas da China - mas as autoridades chinesas se mostraram pessimistas quanto à perspectiva de um progresso substancial.

A China é um dos integrantes mais importantes do grupo de países em desenvolvimento que pressiona o mundo dos ricos para que reduza os subsídios agrícolas e outras medidas, porque, segundo eles, estas contribuem para excluir dos mercados lucrativos os produtos agrícolas procedentes dos países pobres.

Mas a dificuldade de chegar a um acordo sobre o comércio agrícola é uma das razões pelas quais os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) ainda tentam concluir a atual rodada de conversações iniciada em Doha (Catar), em 2001. Agora, eles esperam que seja possível alcançar um acordo em 2006, depois da reunião de Hong Cong, em dezembro.

"Nossa expectativa em relação ao resultado desta rodada é evidentemente positiva, por outro lado, somos realistas", disse Huang Rengang, assessor da missão permanente da China na OMC. "Não temos previsão de que este quadro de desequilíbrio da ordem do comércio agrícola mude no curtíssimo prazo. Mas faremos esforços para que, com o tempo, a situação possa melhorar".

Will Martin, gerente do grupo de pesquisa do comércio do Banco Mundial, disse que, em contraposição ao amplo sucesso das indústrias chinesas de baixo custo, as exportações agrícolas da China ainda enfrentam elevadas barreiras comerciais, e, na realidade, o ingresso na OMC fez com que a renda de alguns dos agricultores mais pobres declinasse, disse Martin.

Mas um funcionário do governo americano levantou dúvidas quanto ao esforço chinês para chegar a um consenso sobre o comércio agrícola, observando que os líderes do país estão preocupados com outros acordos comerciais, mesmo com todas as atuais dificuldades da rodada de Doha.

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