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China deve recuperar rebanho suíno

País asiático passa por modernização da suinocultura


O veterinário especializado em suínos John Kolb gastou seus últimos dois anos trabalhando na China, definindo a experiência como “desafiadora, às vezes frustrante, mas sempre interessante”. A indústria de suínos da China produz tanto quanto os outros países do mundo todos juntos, explica ele.

As mudanças na indústria de suínos da China aceleraram enquanto o país tenta ser mais autossuficiente, diz Kolb, mas nem toda fazenda se move da mesma forma. “Há uma ampla imagem da experiência, habilidade e vontade de se adaptar e melhorar entre produtores”.

As fazendas mais tradicionais têm um perfil de fábrica e tem prédios projetados para propósitos de fabricação, fazendo com que ventilação dentro deles seja difícil. O projeto foi simplesmente copiado de outras instalações industriais para baixar custos. Produtores maiores e mais profissionais de suínos estão buscando mais insumos ocidentais. As instalações estão melhorando e modernizando partes da indústria.

Em 2013, foram encontrados milhares de porcos mortos flutuando no rio Huangpu em direção a Shanghai. A origem desses porcos se diz que é de uma fazenda com um surto de pseudorraiva. Esses porcos ajudaram a que criem regulações sobre a produção de porcos em zonas ambientais especiais. Essas regulações baixaram o inventário de matrizes fêmeas da China de 50 milhões para 38 milhões, mas as grandes fazendas integradas estão crescendo rápido. Das 10 maiores fazenda, duas tem planos de ter mais de 50 milhões de porcos como algo de 2025, diz Kolb.

Os suínos estão saindo dos locais de produção tradicionais perto dos grandes centro populacionais e estão se movendo para províncias rurais que são mais pobre e que são mais baratos tanto em termos de trabalhadores como em terras. As províncias do Nordeste, como a Mongólia Interior, deve ter um crescimento muito rápido de cabeças combinando com maior produção de grãos e menores populações.

Com um crescimento de longo prazo esperado para a demanda em 25%, a China continuará necessitando de importações de porcos. “Os produtores dos Estados Unidos estarão bem posicionados para fornecer alta qualidade, porcos inspecionados pelo USDA com um preço significativamente vantajoso sobre o porco chinês”, disse Kolb.

De modo geral, os custos de produção da China são mais que o dobro dos Estados Unidos. Os preços dos grãos deve permanecer alto para os produtores chineses com maior uso de biocombustíveis. “O alto custo das rações e a variação da qualidade restringem a competitividade dos produtores de porcos e aves na China comparado com produtores da América do Norte”, afirmou Kolb.

A produtividade na China também é consideravelmente mais baixa. Os sistemas de alta qualidade de produção chegam a 25 porcos por matriz fêmea. Já na China em sistemas de produção de baixa qualidade a produção é inferior a 25 porcos por matriz fêmea.

“Os 10 maiores produtores da China não estão conseguindo chegar a 20 porcos por matriz fêmea. A produtividade dos Estados Unidos no final dos anos 90 era mais alta que essa”, afirmou.

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