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China e Argentina chegam a acordo sobre farelo de soja

"Este é um acordo histórico"


A Argentina, maior produtora mundial de farelo de soja, chegou a um acordo para exportar o produto para a China, segundo relatório da Reuters em 10 de setembro. Será a primeira vez que a Argentina enviará farinha de soja para a China, o maior consumidor mundial desse tipo de produto. 

"Este é um acordo histórico", disse Gustavo Idigoras, presidente da câmara argentina de empresas exportadoras de grãos CIARA-CEC, à Reuters. Mas Idigoras disse que o acordo ainda exige um processo de duas etapas de autorizações de plantas e, em seguida, registros que podem levar vários meses. 

Prevê-se que a Argentina exporte mais de 30 milhões de toneladas de farinha de soja em 2019/2020, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A China, que importa apenas uma pequena quantidade de farelo de soja a cada ano, é de longe o maior consumidor mundial de ração. Em 2019/2020, está previsto consumir 66 milhões de toneladas de farelo de soja, o dobro da quantidade dos Estados Unidos, que ocupa o segundo lugar no consumo. 

A disputa comercial travada entre a China e os Estados Unidos, fez com que os asiáticos parassem de importar a oleaginosa dos norte-americanos e buscassem novas alternativas, como é o caso da Argentina e também do Brasil. A disputa, no entanto, parece estar sendo direcionada para um acordo entre as duas partes, o que pode mudar o cenário mundial de comercialização de soja e de outros produtos agrícolas. 

A peste suína africana, que dizimou a população de suínos da Ásia, os maiores consumidores de soja chineses, também acabou modificando esse panorama. 

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