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China não pode absorver estoques de soja dos EUA

Oferta de soja tem superado a demanda nos últimos anos


Uma análise do analista Ray Grabanski, radicado, em Fargo, na Dakota do Norte, publicada em artigo no site Agriculture.com traz uma perspectiva negativa para o produtor norte-americano e para os preços das commodities em geral. O principalmente motivo para o pessimismo do analista da consultoria Progressive AG é a sobreoferta de grãos no mercado.

Grabanski cita as produtividades recordes de milho nos últimos dois com uma safra muito boa de soja nos Estados Unidos em 2016 e a segunda maior produção já registrada em 2017 combinado com uma boa produção na América do Sul em 2017. Em função disso, o especialista conclui que a China, ao menos sozinho, não tem condições de absorver toda a oferta americana de soja.

“Os estoques da maioria dos grãos estão relativamente grandes com o milho em aproximadamente 2,5 bilhões de bushels de sobra, a soja em 470 milhões de bushels e trigo em 989 milhões de bushels. O único grão com uma sobra projetada pequena é o trigo, que teve queda em produtividade e de área em 2016. Os estoques de trigo caíram em 200 milhões de bushels”, explicou Grabanski.

Por outro lado, o analista prevê que há alguma possibilidade de recuperação dos preços. “Os preços estão relativamente baratos, que significa que o panorama negativo já construído nos preços. De fato, os preços têm estado estáveis recentemente, o que sugere estamos perto do piso dos preços”, ponderou.

Grabanski ressalta que o caso da soja é o mais complicado. “A projeção de estoques finais do USDA subiram de 301 milhões de bushels para 470 milhões de bushels. A China não pode simplesmente comprar tudo isso”, afirmou.

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