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China pode cortar importação de sorgo americano

Asiáticos reagem contra ações anti-dumping dos EUA


Ao lançar uma investigação sobre a importação de sorgo americano, a China ateou fogo como um alerta a seu principal parceiro comercial, que iniciou uma guerra comercial, e que pode afetar diretamente a regiões que votaram em peso ao presidente Donald Trump.

No domingo, o Ministro do Comércio lançou uma investigação anti-dumping, potencialmente levando a uma tarifa ou proibição do ingrediente usado como ração animal e também no liquor chinês baijiu.

A reação veio em menos de uma quinzena depois que Trump aumentou as tarifas de importação de painéis solares e máquinas de lavar e dois meses depois da decisão de Washington de investigar o alumínio da China, que é subsidiado. Os movimentos vieram depois que os mercados e elaboradores de política públicas reafirmaram suas preocupações com uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Mais de 90% do total das importações de sorgo na China vêm dos Estados Unidos e alcançaram US$ 1 bilhão no ano passado. Apesar da relação difícil com o presidente americano, o porta-voz do Ministério de Relações Exterior da China Geng Shuang afirmou que trata-se de “um caso de investigação normal de comércio”.

O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou que a China deveria conduzir a investigação abertamente e de forma transparente. “A política não joga nenhum papel em investigações anti-dumping e não deve afetar os resultados de investigações de comércio conduzidas por outros países”, disse Ross em discurso.

A Associação Nacional de Produtores de Sorgo dos Estados Unidos e o Conselho de Grãos dos Estados afirmaram que devem cooperar com as investigações. Na opinião de alguns, o sorgo foi escolhido por abrigar uma base eleitoral muito forte de Trump. Os principais estados produtores são Texas, Oklahoma e Kansas, nas Planícies Sulinas.

“Eles acreditam que se golpearem de alguma forma as comunidades republicanas rurais que votaram a Donald Trump podem mudar as coisas de alguma forma”, disse Paul Burke, diretor do Conselho de Exportação de Soja dos Estados Unidos.

Alguns traders de sorgo ficaram chocados com a notícia e acreditam que as compras devem mudar para sorgo produzido localmente. As reservas estatais são grandes o suficiente para alimentar o país por um ano.

 

 

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