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China reduz preço mínimo em leilões de vendas estatais de algodão

Notícia teve repercussão na bolsa, derrubando os preços do produto


A China irá reduzir em 4,2 por cento o preço mínimo que pode ser ofertado por compradores de algodão interessados nos leilões de reservas estatais, em um movimento que pode ajudar a liberar os amplos estoques acumulados pelo governo do país que é o maior consumidor da fibra.

A notícia teve repercussão na bolsa de Nova York, derrubando os preços do produto.

A partir de 1º de abril, as ofertas mínimas dos leilões poderão ser de 17.250 iuanes (2.800 dólares) por tonelada, ante um preço atual de 18.000 iuanes para algodão de qualidade padrão, segundo a Associação do Algodão da China.

É a primeira redução no preço mínimo desde que a China lançou o sistema de leilões diários de algodão das reservas estatais, em novembro. Os preços elevados nos leilões levaram o governo a vender apenas 36 por cento, ou 684.671 toneladas, do total oferecido até agora.

Com as vendas de algodão do governo, as tecelagens chinesas poderão reduzir as importações.

O algodão negociado em Nova York tinha queda de 2 por cento às 12h58 (horário de Brasília), a 91,31 centavos de dólar por libra-peso, após atingir a mínima de 91,03 centavos mais cedo na sessão.

Na sexta-feira, o contrato futuro havia registrado alta e encerrado a semana pela terceira semana consecutiva, com preocupações de aperto na oferta nos Estados Unidos, maior exportador global.

"A mudança no preço mínimo irá ajudar a expandir as vendas das reservas estatais de algodão. A oferta do produto no mercado secou e as fábricas têm que comprar de reservas estatais", disse o analista Wang Guangqian, da Dong Wu Futures.

Pequim planeja encerrar o seu programa de estocagem de algodão, que já dura vários anos, passando a subsidiar diretamente os agricultores. O programa estatal de compras tem prejudicado as indústrias locais ao elevar os preços domésticos, além de beneficiar fornecedores externos, cujos preços são significativamente menores.

A China irá encerrar a atual temporada de estocagem ao final de março, quando o governo pretende ter alcançado um estoque de 12,6 milhões de toneladas da fibra, ou 60 por cento dos estoques globais, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

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