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China usa soja para bater base eleitoral de Trump

China quer gerar efeito nos produtores rurais, uma das principais bases eleitorais de Trump


A decisão de Pequim de ter como alvo de retaliação a soja dos Estados Unidos com novas tarifas é uma manobra política projetada para bater a base apoio do presidente Donald Trump, segundo Jim Sutter, CEO do Conselho Exportador de Soja dos Estados Unidos, contou ao portal da rede de televisão CNBC.

A segunda maior economia do mundo anunciou na quarta-feira uma sobretaxa de 25% que afetaria importações de US$ 50 bilhões em importações dos Estados Unidos, incluindo soja, milho, aviação, carros e whiskey. Isso foi em resposta a uma decisão de Washington de impor um aumento similar em produtos chineses.

Os chineses estão olhando “onde poderiam ter um impacto em tanta gente que deve ter o ouvido do presidente Donald Trump… os produtores rurais certamente são isso”, afirmou Sutter ao programa “Squawk Box” da CNBC na quinta-feira.

Muitos produtores apoiam Trump na eleição de 2016, acrescentou Sudder, então Pequim viu uma oportunidade nisso. “Eu acredito que a China queria fazer algo que tome a atenção dos produtores e então os produtores colocarão alguma pressão na administração. Isso certamente está acontecendo”, afirmou.

A soja é o principal produto agrícola exportado ao país comunista e a iniciativa do gigante asiático preocupou a economia agrícola dos Estados Unidos.  Mas a China também poderia sofrer.

“A tarifa deve penalizar a indústria de rações, os consumidores de óleos de cozinha e os consumidores de alimentos em geral tanto como pode impactar negativamente os produtores americano e não acredito que os chineses realmente queiram fazer isso”, explicou Sutter.

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