Chinesa lançará sementes de sorgo para o Brasil

A empresa chinesa de sementes LongPing High-Tech está se preparando para lançar comercialmente uma nova semente de sorgo destinada a agricultores brasileiros em janeiro, disse o presidente-executivo do Brasil, Aldenir Sgarbossa, à Reuters na segunda-feira em entrevista. A empresa, que se concentra principalmente em sementes de milho, também está trabalhando para adaptar uma semente de soja chinesa às condições brasileiras que podem ser lançadas para a safra 2025/2026, disse o executivo.

Os planos da LongPing para o mercado brasileiro, onde vende produtos sob as marcas Morgan e Forseed, significam uma concorrência mais acirrada de rivais como Bayer e Corteva. No futuro, o milho será a plataforma de sementes número um da LongPing, a soja em segundo e o sorgo em terceiro, disse Sgarbossa.

O escritório da LongPing High-Tech Agriculture Co Ltd no Brasil também liderará uma expansão internacional, disse o executivo. A unidade brasileira da LongPing já supervisiona suas operações internacionais nos Estados Unidos, Paraguai, Argentina e Chile, entre outros, disse ele. A empresa, que se dedica ao desenvolvimento, plantio e embalagem de sementes, possui duas unidades industriais no Brasil.

Na semana passada, a LongPing anunciou investimentos de cerca de 500 milhões de reais (US$ 99 milhões) para aumentar sua presença no Brasil. "Internamente, dizemos que estamos fazendo em um ano e meio algo que precisa de 10 anos para ser feito", disse Sgarbossa.

Na última safrinha, o sorgo granífero cresceu mais de 30% em área plantada no Brasil, segundo a APPS - Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas, e a previsão estimada é de 738,2 mil toneladas de produção na safra 2020/2021, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).