A China iniciará os testes de soja transgênica antes de o governo implementar seu próprio sistema de certificados, para não interromper o comércio mundial da safra, disse o ministro da Agricultura, Du Qinglin. Os importadores de soja enfrentaram uma série de atrasos e interrupções no ano passado porque o governo não definiu as novas normas para os alimentos transgênicos.
O governo estendeu até 20 de setembro um sistema de certificação que aceita os certificados do país de origem como prova da segurança da safra. "Não vamos deixar que nossas normas sobre safras transgênicas afetem o comércio global", afirmou o ministro.
O Ministério da Agricultura estendeu seu programa de testes para a província de Hainan, uma ilha tropical localizada na costa sul da China onde as temperaturas são suficientemente altas para permitir testes o ano todo, disse Du. Antes, o ritmo de testes era muito lento para cumprir os prazos de certificado de segurança porque só podiam ser realizados na temporada de cultivo.
A China rejeitou a solicitação de certificado de segurança da Monsanto, pedindo para a companhia realizar testes adicionais para provar que a soja cultivada com sua soja transgênica Roundup Ready não é nociva ao meio ambiente, informou a Agência Estatal de Grãos da China em fevereiro.
As disputas sobre como seguir as normas de importação de safra transgênica implementadas por Pequim no ano passado fizeram as importações de soja de 2002 caírem 19% em relação ao ano anterior para 11,3 milhões de toneladas. Os EUA são o maior dos três grandes fornecedores de soja da China, seguido pelo Brasil e Argentina. As remessas de todos contêm transgênicos.