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Chuva no RS ameniza crise hídrica, mas destrói

Mais de mil lavouras de fumo foram prejudicadas na região Sul


A chuva registrada nesta semana amenizou os efeitos do La Niña, mas foi insuficiente para a recuperação da umidade do solo, que freia o plantio da safra de verão no RS. Com distribuição desigual, a precipitação não resolveu o déficit hídrico acumulado desde outubro, período no qual choveu 70 milímetros a menos do que a média histórica (147 milímetros). "A situação continua preocupante", alerta o agrônomo da Emater Dulphe Pinheiro Machado Neto. Ele acrescenta que em regiões produtoras de grãos como Passo Fundo e Lagoa Vermelha choveu pouco, 5,4 mm e 6,5 mm respectivamente. Já em Santana do Livramento, Bagé e Caxias do Sul, o volume ficou acima de 20 mm, favorecendo a semeadura e as pastagens. No caso do trigo, com 50% colhidos e 40% maduros para colher, não há tendência de problemas com o clima.

Os temporais do início desta semana causaram danos em 1,2 mil lavouras de tabaco nos três estados do Sul. Na região do Vale do Rio Pardo, a Afubra registrou ontem 51 comunicados de perdas nas microrregiões de Santa Cruz do Sul e de Venâncio Aires. Até sábado, a entidade tinha notificações de 5.420 áreas atingidas pelo granizo desde o início da atual safra, mas, com as perdas desta semana, deverá ultrapassar 6,6 mil. Neste período, em 2009, o número de lavouras afetadas era de 13,5 mil.

Em Áurea, a 30 quilômetros de Erechim, o agricultor Leandro João Banaszeski perdeu 2,2 mil pés de morango, prejuízo de R$ 5,9 mil, entre produção e estrutura. "Perdi 20% dos moranguinhos. O que molhou serve só para sorvete ou geleia."

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