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Chuva traz prejuízos e benefícios para o nordestino

Apesar de 200 mil desabrigados e gente que perdeu casa e lavoura a água em abundância encheu cisternas e açudes


A chuva das últimas semanas traz um misto de alegria e tristeza para o nordestino. Já são quase 200 mil desabrigados. Gente que perdeu casa e lavoura.

A água abundante encheu cisternas e açudes e garantiu para muitos agricultores uma boa produção. Um exemplo deste contraste pode ser visto no Maranhão.

São as estradas vicinais as mais castigas pelas chuvas que caem na região. Na que dá acesso ao município de Senador la Roque, já não é mais possível trafegar. O caminhão que transporta animais ficou atolado. Nem mesmo com a ajuda de um trator foi possível liberar a estrada. Para quem vive do comércio de compra e venda de gado, é um prejuízo certo.


“São poucas as fazendas que dão condição ao caminhão encostar”, disse Josimar de Siqueira, comprador de gado.

Em toda a região a situação é crítica. Trabalhar mesmo somente quando a chuva dá uma trégua.

Nesse período de chuvas fortes e intensas, é raro ver o vaqueiro tocando gado pela principal via de acesso da fazenda.

Manejar o gado nas últimas semanas tem dado mais trabalho aos vaqueiros. A lama em toda a área da fazenda torna o serviço mais lento. E todo cuidado é pouco para que o animal não se machuque.

“Se não tiver cuidado morrem alguns animais”, falou o vaqueiro Davi de Sousa.

Em uma propriedade da região, que também trabalha com a compra e venda de animais, o dono, o criador Wilson Barbosa, disse que as carretas que trazem o gado do interior não conseguem chegar no dia marcado.

“Algumas têm que chegar a pé, outros caminhões ficam detidos aonde acontecem os cortes das estradas. E tudo isso vai atrasando a lida, o trabalho que temos com o manejo do gado”, reclamou Barbosa.

Por outro lado, o resultado no campo é excepcional. O pasto está verdinho e os açudes cheios, que podem representar muita prosperidade no campo.

“Não vamos ter problemas na entressafra por causa do boi gordo. Nós vamos ver lá pra frente o resultado das boas chuvas que tivemos nesse inverno”, concluiu Barbosa.

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