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Chuvas chegam a 200 ml em Dourados (MS) e revitalizam lavouras

A entrada de uma inesperada frente fria provocou precipitações por mais de seis horas


A possibilidade de perdas nas lavouras de soja na região de Dourados (MS) a curto prazo foi afastada pelas fortes chuvas que caíram na sexta-feira (08-12) chegando a atingir 200 milímetros em algumas áreas. A entrada de uma inesperada frente fria provocou precipitações por mais de seis horas seguidas em todos os municípios agrícolas.

Os agricultores respiraram aliviados com a mudança do clima, diante de possibilidade de perdas iminentes devido ao veranico que vinha tirando o sono dos produtores.Esse índice foi mais do que suficiente para garantir o desenvolvimento das lavouras mais adiantadas e a germinação das sementes nas áreas semeadas tardiamente, de acordo alguns agricultores.

Como noticiou o Correio do Estado, durante a reunião mensal do IBGE, realizada na quarta-feira passada, para a avaliação da safra 2006/2007, os técnicos foram cautelosos em falar em perdas devido à seca, porque consideravam muito cedo ainda informar um índice de quebra nas lavouras. Somente em Dourados foram plantados 155 mil hectares de soja.

Mas com as intensas chuvas de sexta-feira passada fica afastado, de imediato, o risco de prejuízo por causa da estiagem. De acordo com um agrônomo, pode ter ocorrido perda localizada em algumas regiões porque as sementes não brotaram por falta de umidade. Mas nada de expressão econômica.

Havia chovido no começo de semana em alguns municípios do sul do Estado, mas o índice foi muito irregular variando de 10 a 60 milímetros, ou seja, a chuva foi "manchada", no jargão dos técnicos e produtores. As precipitações de anteontem foram mais abrangentes beneficiando todas as lavouras.

Segundo agrônomos ouvidos ontem, as chuvas foram supreendentemente intensas no sul do Estado acabando com o temor dos agricultores de sofrerem perdas, de novo, com a seca. Na região do Guaíba, em Ponta Porã, elas atingiram 90 mm; em Dourados ficaram ao redor de 100 mm; em Laguna Carapã em torno de 125 mm, mas com casos até de até 200 mm neste município, vizinho de Dourados.

A forte chuva causou alagamentos nas lavouras, já que o índice pluviométrico foi acima do normal. Mas não houve perdas porque as curvas de nível evitam a formação de enxurradas torrenciais fortes dentro dos plantios. Com essa quantidade de chuva, o solo está abastecido de água para garantir o desenvolvimento da soja por, pelo menos, duas semanas, disseram os agrônomos.

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