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Chuvas da semana amenizam clima no Paraná

A irregularidade das chuvas ainda causa deficiência hídrica em várias regiões


Os pesquisadores Paulo Caramori e Rogério Faria, responsáveis pelo trabalho de monitoramento agroclimático do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) informam que a semana foi marcada pela ocorrência de chuvas intensas e localizadas, que contribuíram para amenizar o déficit hídrico que vinha ocorrendo em diversos municípios paranaenses.

As temperaturas foram elevadas, situando-se em torno de 3ºC acima da média esperada. As áreas mais quentes do noroeste atingiram média de 27 a 29ºC, com média das máximas de 32 a 34ºC. Nas áreas mais elevadas do sul as temperaturas foram mais amenas, com médias de 20 a 23ºC e média das máximas de 25 a 28ºC.

As maiores quantidades de chuvas da semana, continuam os pesquisadores, ocorreram na faixa nordeste, concentrada em Cambará, e no litoral, totalizando 60 a 90 milímetros (mm). A maioria dos municípios teve precipitações acumuladas entre 30 e 60 mm. Entretanto, toda a faixa oeste, desde São Jorge do Patrocínio até Foz do Iguaçu, assim como os municípios das regiões sudoeste próximos a Pato Branco e Francisco Beltrão, e os municípios da região sul próximos a União da Vitória tiveram poucas chuvas, com máximo acumulado de 30 mm na semana.

Caramori e Faria informam ainda que a demanda hídrica foi elevada no noroeste do Estado, atingindo 5 a 6 mm por dia nas áreas mais quentes. A faixa localizada ao leste da linha que une os municípios de Jaguariaíva, Ponta Grossa e União da Vitória teve evapotranspiração média de 2 a 3,5 mm por dia. Os demais municípios tiveram evapotranspiração entre 3 e 5 mm por dia.

A irregularidade das chuvas ainda causa deficiência hídrica em grande parte do noroeste, na faixa oeste ao longo do vale do rio Paraná e no sudoeste, com exceção de alguns municípios que receberam precipitações isoladas. Nos municípios mais secos a água disponível encontra-se abaixo de 25% da capacidade máxima e provoca prejuízos às culturas em geral. A faixa central do Estado apresenta déficit moderado, mas a água disponível no solo ainda é satisfatória para as culturas. A faixa leste teve excedentes hídricos durante a semana. As regiões com água disponível no solo superior a 75% da capacidade máxima podem realizar a semeadura de culturas recomendadas pelo zoneamento agrícola.

As chuvas amenizaram o déficit hídrico das culturas do milho e da soja, mas ainda há diversos municípios com baixa umidade do solo que vem prejudicando o desenvolvimento das lavouras. Caramori e Faria alerta ainda para a continuidade no monitoramento das lavouras de milho. ""As altas temperaturas também prejudicam o pegamento dos chumbinhos nas lavouras de café"", finalizam.

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