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Chuvas provocam prejuízos ao trigo ainda não colhido na região de Cornélio Procópio

O técnico do Deral lembrou que ainda falta colher 40% do trigo plantado nos 23 municípios


Em entrevista concedida ao site de notícias Agora Cornélio, o economista do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Santo Pulcinelli Filho, disse que as chuvas do último final de semana foram benéficas para as pastagens, mas não para o trigo que ainda está em processo de colheita na região de Cornélio Procópio. “Isso vai resultar em perda de produtividade e, consequentemente, na queda de preços para o produtor”, apontou. Este ano, foram plantados na região de Cornélio Procópio 170 mil hectares e a estimativa é que a produção fique entre 411 e 442 mil toneladas, com rendimento médio de 2 mil 680 por hectare de trigo plantado. Segundo ele, choveu o equivalente a 50 milímetros e isso deixou muitos agricultores preocupados. O técnico do Deral lembrou que ainda falta colher 40% do trigo plantado nos 23 municípios que compõem o Núcleo Regional da Seab sediado em Cornélio Procópio que responde por cerca de 21% da área plantada do produto no estado do Paraná.

Sobre o milho safrinha, Santo Pulcinelli Filho disse que ainda 60% do produto plantado na região ainda está em fase de colheita pelos produtores. No caso da soja, Santo Pulcinelli Filho afirmou que foram plantados 257 mil hectares para uma produção de 740 mil 160 toneladas. Isso, de acordo com ele, representa uma produtividade média de 2 mil 880 quilos por hectare. O economista adianta também que, as excelentes safras de arroz e feijão vão possibilitar a estabilidade dos preços desses dois produtos básicos a curto prazo, beneficiando diretamente os consumidores. Os preços desses dois produtos de primeira necessidade dispararam nos supermercados nos últimos meses. O técnico do Deral local falou ainda sobre a crise do leite. De acordo com ele, a seqüência de queda no preço do produto atingiu seu pior índice neste mês de setembro, revoltando os produtores. Santo Pulcinelli Filho observou que o o principal motivo para a queda brusca no preço do leite se deve ao excesso de oferta no mercado interno. Ele também ressaltou que o mercado externo teve grande oferta nos últimos meses, por parte de outros países, que forçou a redução no preço final, atingindo em cheio os produtores. Ele espera uma normalização no preço do leite a nível de produtor já a partir de outubro.

FRUTAS - A região de Cornélio Procópio tem hoje uma área plantada de pelo menos 6 mil e 500 hectares de frutas, com destaque para a banana que ocupou espaço de 2 mil 839 hectares na safra de 2006, seguido da uva (foto) com mil e 48 hectares, abacate 346 hectares, laranja 191 hectares, pêssego 106 hectares e goiaba 36 hectares. A afirmação é do economista do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Santo Pulcinelli Filho. Ele acredita, inclusive, em aumento na área plantada de frutas, uma vez que muitos produtores estão aderindo à fruticultura nos 23 municípios da região de Cornélio Procópio.

Por sua vez, o técnico da Emater local, Manoel Pessoa Lira disse que a fruticultura já é uma realidade na região de Cornélio Procópio, porque tem sido uma fonte maior de lucro para os produtores rurais, cansados de colher prejuízos com as culturas tradicionais devido as adversidades climáticas e pouco incentivo do governo. Ele afirmou que esses produtores aguardam com expectativa de que seja implantada pela Cooperativa Agrícola Integrada no município de Cornélio Procópio a tão propalada unidade de suco de laranja, que vai gerar empregos e renda. Uma decisão nesse sentido deve ser anunciada oficialmente ainda este ano, acredita Manoel Pessoa Lira. “Isso seria a redenção econômica do município que hoje já tem a Companhia Iguaçu de Café Solúvel”, observou.

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