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CIB protocola textos sobre milho transgênico na CTNBio

O objetivo da iniciativa é reforçar o embasamento técnico e científico para a avaliação e aprovação das variedades transgênicas


O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) protocolou na sexta-feira (17-11), na secretaria da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em Brasília, o documento “Avaliação de Impactos do Milho Geneticamente Modificado”. Trata-se de um conjunto de revisões técnicas – realizadas por conselheiros e colaboradores do CIB – a respeito de estudos científicos recentes publicados na literatura acadêmica mundial. O objetivo da iniciativa é reforçar o embasamento técnico e científico necessário à avaliação e à aprovação das variedades de milho transgênicos que aguardam os pareceres conclusivos do órgão federal, que se reunirá nos próximos dias 22 e 23. Na opinião da diretora-executiva do CIB, Alda Lerayer, “os estudos de análise de risco devem basear-se em experimentos cientificamente delineados que representem, da melhor forma possível, as condições de cultivo de variedades de milho GM e convencional, dando opção de escolha ao produtor”. Dividido em nove itens, o texto protocolado foi realizado com foco no milho Bt, no milho tolerante ao glifosato e no milho tolerante ao glufosinato. Dentre outras conclusões, a análise dos pesquisadores aponta que: a) após dez anos da introdução das culturas geneticamente modificadas (GM), não houve registros de perda de diversidade genética, quando comparados às produções agrícolas convencionais. Ao contrário, em cultivos de algodão e milho com a introdução do Bt, por exemplo, houve a diminuição da uniformidade genética em 28%; b) a introdução de cultivos agrícolas transgênicos permitiu maior preservação do solo e maior acúmulo de matéria orgânica, ao mesmo tempo em que diminuiu o número de aragens necessárias para o controle de plantas daninhas, devido à facilitação do emprego, do plantio direto ou do cultivo mínimo; c) o uso de variedades GM possibilitou um manejo de plantas daninhas e insetos mais específico e eficiente, se comparado aos cultivos convencionais e à incidência da utilização de herbicidas químicos e pesticidas. d) o milho é uma planta de polinização cruzada, sendo o pólen distribuído pelo vento. Todas as variedades de milho, inclusive as geneticamente modificadas, apresentam o mesmo sistema reprodutivo. O conhecimento da distância de dispersão do pólen, de sua curta viabilidade (poucas horas) e das diferentes épocas de florescimento entre as variedades, evita o cruzamento indesejável. e) para o caso do milho GM, os agricultores receberam um benefício pelo uso da tecnologia US$ 2,5 bilhões, desde 1996. Para os milhos tolerantes a herbicidas, o ganho dos agricultores foi de US$ 579 milhões, desde 1996, e, para o milho resistente a inseto, de US$ 1,9 milhão, sendo o restante correspondente ao milho tolerante a herbicida e a inseto. Participaram da iniciativa os pesquisadores Ernesto Paterniani e Luciana Di Ciero, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP); José Maria da Silveira, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Marcelo Menossi, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp; e Leila Oda, presidente da Associação Nacional de Biossegurança (Anbio). As informações são da assessoria de imprensa do CIB. - Veja mais informações em
Guia do Milho.

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