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Cigarrinha-das-raízes, um problema do canavial brasileiro

Especialista da Ourofino Agrociência orienta sobre controle eficaz da praga


Grande problema para os canaviais brasileiros, a cigarrinha-das-raízes provoca danos relevantes nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, principalmente, Minas Gerais, onde são registradas perdas mais severas, reduzindo a produtividade e a qualidade da matéria-prima.

O ciclo do inseto inicia em setembro, com o período chuvoso. A primeira geração, apesar de pequena, possui capacidade suficiente de desenvolvimento até a fase adulta, que fará a postura da segunda geração, já em maior quantidade.

Outros fatores também são associados à ocorrência da praga, como o histórico populacional da área, o manejo realizado, a alta quantidade de palha, as variedades de cana-de-açúcar mais suscetíveis e a época de corte do canavial. “A condição climática, no entanto, é o principal parâmetro a ser analisado, pois possibilita a manutenção da praga na área, sendo que o efeito pode influenciar o aumento ou diminuição da população da praga”, indica Ana Paula Bonilha, especialista de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Ourofino Agrociência.

Sem a queima, que controla naturalmente a população de várias pragas, entre elas, a cigarrinha-das-raízes, prevalece a palhada na área, que tem a umidade como sua grande aliada. Com isso, o ambiente torna-se favorável para o desenvolvimento do inseto.

Os danos causados pela cigarrinha-das-raízes, que mede cerca de 13 mm de comprimento na fase adulta, podem chegar a 60% de perda de produtividade. A porcentagem é maior em cana colhida no final da safra, quando a planta está mais suscetível ao ataque. É preciso ressaltar também os prejuízos indiretos na área industrial, uma vez que é registrada a redução da quantidade e qualidade do açúcar recuperável, diminuição do Pol e o acréscimo de contaminantes e impurezas ao caldo.

O ataque das cigarrinhas deixa as plantas mais suscetíveis ao acesso de outros organismos. Um bom exemplo são os fungos fitopatogênicos que ocasionam prejuízos diretos - no desenvolvimento da planta - ou indiretos, que comprometem a qualidade da matéria-prima, como a podridão vermelha.

Para um controle eficaz, o monitoramento é imprescindível para decidir a estratégia de combate, que deve ser realizada após 15 dias do início do período chuvoso. “Detectar a primeira geração permite um controle mais eficiente e, por isso, ele deve ser mantido durante todo o período de infestação – ou seja, entre março e abril”, orienta Ana Paula.

Atualmente o levantamento populacional é uma atividade que demanda alta quantidade de mão de obra e não proporciona um rendimento operacional no mesmo nível (dependendo do tamanho da área). “O custo, muitas vezes, não torna possível a realização. Por isso, o monitoramento é ideal para reconhecer a realidade do campo e, assim, definir o controle”, recomenda Helvio Campoy Junior, pesquisador de inseticidas da Ourofino Agrociência.

Manejo Integrado

Ferramenta essencial para o controle de qualquer praga, o manejo integrado é indispensável para as cigarrinhas-das-raízes. “É extremamente importante realizar o levantamento da infestação populacional nas áreas, para que, por meio desse monitoramento, seja possível decidir qual tipo de manejo realizar: químico, biológico ou cultural”, pontua Roberto Toledo, Gerente de Produto Herbicidas e Cana-de-açúcar da Ourofino Agrociência.

O controle químico é considerado a principal ferramenta para este trabalho, já o biológico, geralmente, é aplicado em áreas com populações da praga ainda bastante baixas.

No manejo químico, existem dois grupos de moléculas: neonicotinóides e fenilpirazóis. Nesse cenário, a Ourofino Agrociência conta com o inseticida de contato e ingestão que é o DiamanteBR, à base de Imidacloprid. Trata-se de um produto com formulação líquida e suspensão concentrada (partículas menores), tornando-o mais homogêneo e de difícil decantação. É uma importante ferramenta para o controle eficiente dessa praga.

 

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