CI

Circuito pode “ligar” e desligar “genes” 

"Tratam-se de ferramentas eficientes e versáteis para aplicações em biologia"


Cientistas brasileiros da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conseguiram criar um circuito genético que consegue “ligar” e “desligar” genes, tanto de plantas quanto de animais. A técnica utiliza enzimas de vírus bacteriófagos e permite, por exemplo, que plantas apresentem resistência a seca somente quando expostas a estresse hídrico. 

De acordo com os cientistas, esse tipo de vírus consegue infectar bactérias, aderindo à parede celular desses organismos, e perfurando e injetando nela o seu DNA. Assim, eles acreditam que seria possível utilizar esses microrganismos como ferramentas genéticas para controlar a expressão de genes. 

Além disso, como os vírus são o grupo biológico mais abundante do planeta, os pesquisadores alegam que existe muito material disponível para se trabalhar durante as pesquisas. Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) Elibio Rech, o processo é intermediado por enzimas denominadas integrases, que integram o genoma do vírus ao do organismo hospedeiro. 

“As integrases promovem a quebra e ligação de sequências de DNA em pontos específicos, resultando em rearranjos genéticos precisos. Tratam-se de ferramentas eficientes e versáteis para aplicações em biologia experimental, biotecnologia, biologia e terapia gênica”, explica o pesquisador.  

Ele declarou ainda que o processo faz com que seja possível atuar exatamente nos trechos de interesse do código genético. Desta forma, seria possível anular uma sequência genética específica que no futuro poderia causar algum tipo de doença que implicaria na diminuição da produtividade.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.