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Citricultores podem aumentar a eficiência no combate às pragas e economizar

Falta hábito da adoção do novo modelo entre os citricultores


Para pesquisador em fitossanidade, falta hábito da adoção do novo modelo entre os citricultores

Já não se usa mais inseticida como antigamente. De acordo com o pesquisador Marcelo da Costa Ferreira, chefe do Departamento de Fitossanidade da Unesp, em Jaboticabal, já existe tecnologia que permite o uso de apenas 20 litros por hectare nos pomares de citros.

O volume pode ser ainda mais baixo quando se pensa em pulverização aérea, mas falta o hábito entre os citricultores mais tradicionais. A maioria ainda está acostumada a usar grandes quantidades de produto para defender suas propriedades, o que eleva custos de produção.

O pesquisador, que trabalha com palestras e práticas no campo para orientar os produtores sobre aplicações mais adequadas, explica que é preciso fazer perguntas básicas na hora de realizar o combate às pragas e doenças: o tamanho da superfície a cobrir, a quantidade que a planta é capaz de reter e a quantidade que é necessária para o controle efetivo e como deve ser a distribuição do produto. “Não adianta ter uma artilharia pesada, se a mira é ruim”, compara. Aspectos do clima também precisam ser avaliados para garantir a eficiência das aplicações.

Apesar da resistência dos produtores em adotar doses menores de produtos fitossanitários, o volume vem diminuindo, principalmente em decorrência do alto custo das práticas de pulverização, estimado em 40% do valor total para a produção.

O greening, pior doença de citros do mundo, tem sido o maior responsável por encarecer essa conta. A calda (inseticida + água) empregada antigamente variava entre 8 a 10 mil litros por hectare. Atualmente, está em 4 mil litros por hectare e, daqui a alguns anos, Ferreira acredita que deva chegar a 2 mil litros.
Produtor de cereais e frutas na região de Campos de Holambra, em Paranapanema, desde 1974, o holandês Augustinus Serrarens, adotou a citricultura há cinco anos.

Segundo ele, a substituição do pêssego pela laranja significa obter a mesma receita pela metade do investimento. Para isso, o citricultor novato conta com a consultoria técnica de uma empresa especializada, que orienta todo o processo, acompanhando de perto a propriedade, desde implantação dos pomares, com plantio de mudas certificadas e manejo adequado, o que tem colaborado para garantir a sanidade das plantas. “A gente é novo, não tinha tradição, então é mais fácil nos convencer a utilizar uma tecnologia de aplicação mais avançada”, diz Serrarens.

Ele participou do curso prático mais recente sobre o assunto, promovido pela Campo consultoria agrícola, no dia 30 de março, em Campos de Holambra.

Essas práticas mais modernas orientadas por consultoria agrícola são comuns entre a nova geração de citricultores, que acabam tendo benefícios que vão além da questão econômica.

“As novas tecnologias de aplicação não só diminuem o custo como aumentam a eficiência dos produtos e reduzem os impactos ambientais”, afirma Rubens Stamato, engenheiro agrônomo da Campo, consultoria agrícola que atua na região.

A tecnologia mais avançada também protege o meio ambiente e o trabalhador que opera os equipamentos, já que reduz o desperdício de produto e a contaminação. Atualmente, alguns produtores têm o cuidado de proteger as máquinas com uma cabine para o operador.

Ferreira alerta ainda que os altos volumes de inseticidas também acabam impactando a quantidade e a qualidade das frutas, porque prejudicam a polinização. “É preciso ter cuidado para não espantar as abelhas. Os frutos mais visitados por elas costumam ser mais pesados e menos ácidos”, explica o pesquisador.

As informações são da assessoria de imprensa da Campo - Consultoria, Serviços e Treinamento Agrícola.

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