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Clima beneficia implantação das culturas de inverno

Os triticultores aproveitaram para acelerar o plantio, aumentando o percentual para 19% da área prevista para este ano


As chuvas ocorridas no Estado permitiram o avanço na implantação de culturas de inverno como o trigo e as forrageiras anuais e perenes. Os triticultores plantaram, até o momento, 19% da área prevista.

O volume de chuvas de boa intensidade, ocorridas na última quinzena em todo o Estado, restabeleceu os níveis de água no solo, permitindo assim, a implantação de novas áreas e o desenvolvimento das já estabelecidas com forrageiras anuais e perenes de inverno. Além disso, os produtores de trigo aproveitaram para acelerar o plantio, aumentando, em uma semana, o percentual para 19% da área prevista para este ano.

Se as condições do clima têm beneficiado o triticultor neste início de safra, os preços no mercado local seguem deprimidos e a venda dificultada e, nesta semana, a cotação média da saca de 60kg se manteve praticamente estável, ficando em R$ 24,18. Uma diferença de apenas –0,21% em relação à semana passada. As sementes estão germinando sem dificuldades e as plântulas se desenvolvendo livres de pragas ou moléstias.

A semana foi sem alteração em relação à comercialização do arroz, com os produtores encontrando dificuldades na obtenção de preços mais compensadores. A saca de 50kg voltou a apresentar queda na cotação média (1,67%) praticada junto ao produtor, passando para R$ 25,86. Os preços de mercado ou referenciais aos produtores de feijão, continuam baixos, mesmo que nessas últimas duas semanas tenham ocorrido pequenos aumentos para a saca de 60 kg do feijão preto no Estado. No milho, o preço médio desta semana teve valoração de 0,38% sobre o da anterior, chegando a saca em R$ 18,59. A continua desvalorização da moeda norte americana faz com que, em reais, a saca de 60kg de soja siga estável, ou mesmo se desvalorize como ocorreu nesta semana, quando a cotação média ficando em R$ 47,06. Uma diferença de –0,40%.

Final de semeadura
Na região do Planalto, onde se concentra a maior área a ser implantada da canola no Estado, a semeadura está finalizando. No Noroeste, a semeadura ainda está se intensificando. As áreas já plantadas no RS, se apresentam em germinação e início de desenvolvimento vegetativo, mostrando bom stand de plantas e livre de problemas sanitários. Na grande maioria das lavouras, os produtores estão utilizando boa tecnologia, esperando resultados perto de 1.800 kg/ha.

Citros
A chuva ocorrida regularizou a situação da umidade do solo nos pomares cítricos da região do Vale do Caí, a maior e mais importante região produtora do RS. Neste período, terminou a pratica de raleio das frutas verdes das bergamoteiras. A colheita da bergamota variedade Ponkan já atinge 20% das frutas, estando os citricultores recebendo o valor médio de R$ 8,50 a caixa. Também continua a colheita da bergamota variedade Caí, conhecida como bergamota comum, com 35% das frutas já colhidas.

Quanto as laranjas, continua a colheita da variedade do Céu Precoce, fruta com pouca acidez, com 45 % das frutas já colhidas e com o valor médio de R$ 9,00 a caixa, com queda no preço em relação a primeira quinzena de maio. A laranja variedade Umbigo Bahia, principal variedade de mesa do RS, está com 30% das frutas colhidas, com preço recebido estável, em média R$ 12,00 a caixa.

Bovinocultura de leite
A atividade foi bastante afetada em todas as regiões do Estado devido à estiagem, principalmente durante os meses de março e abril, período do ano preferencial para a instalação das áreas de pastagens cultivadas de ciclo anual ou perene de inverno. Em alguns municípios as perdas ultrapassaram 40% da produção de leite esperada. A tendência é de lenta recuperação do volume anteriormente recebido pelas empresas de lacticínios, pois o clima adverso provocou atraso na implantação das áreas de pastagens assim como a redução do volume e qualidade da silagem de milho, principal e mais barata fonte da dieta dos animais durante o período da entressafra. O preço do leite recebido pelo produtor variou entre R$0,50 e R$0,65/litro no período.

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