As oscilações climáticas no Paraná estão proporcionando alta no preço do milho. Após passar por um período de sucessivas quedas, a cotação do cereal estabilizou no valor médio de R$ 15,57 ao produtor. Segundo a engenheira agrônoma Vera da Rocha Zardo, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), a possibilidade de ocorrência de geadas, os leilões de opção realizados pelo governo federal e a valorização do dólar contribuiram para estabilizar os preços. As geadas que ocorreram no Estado, segundo ela, não foram suficientes para prejudicar as áreas de milho safrinha, pois 80% da produção está concentrada nas regiões norte, oeste e centro-oeste, onde as geadas foram fracas e nas baixadas.
''Mas ainda há preocupação, pois o milho é uma cultura de primavera e verão e, portanto, bastante suscetível'', disse. É possível que tenha havido perdas nas regiões sudoeste e centro-sul, onde o safrinha é plantado após o feijão ou o fumo no final de dezembro e início de janeiro. Nesses locais, as lavouras estão em fase de maturação ou colheita. Os melhores preços foram praticados em Maringá, Londrina, Cornélio Procópio e Guarapuava entre R$ 16,00 e R$ 16,60. Em Ponta Grossa, o máximo foi R$ 18,00 e o preço intermediário R$ 17,00, com mínimo de R$ 15,50. Ontem (27-05), o indicador de milho, calculado pela FGV/BM&F, ficou em R$ 18,05/saca de 60 kg, baixa de 0,61% no dia. O valor a prazo ficou em R$ 18,14 saca, queda de 0,49%.