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Clima pode influenciar em até 43% rendimento das culturas

Estudo observou regiões agrícolas no mundo todo


Um estudo publicado na revista científica Environmental Research Letters realizado por pesquisadores da Austrália, Alemanha, Suíça e Estados Unidos quantificou o efeito de extremos climáticos na variabilidade de produção de culturas básicas em todo o mundo. Eles observaram que durante o crescimento de culturas como milho, arroz, soja e trigo as mudanças no tempo fizeram a produção variar em até 49% no rendimento. Os extremos como calor e frio, secas, fortes chuvas por si só representam de 18 a 43% no rendimento anual.

Para chegar a essas conclusões os pesquisadores usaram um banco de dados agrícolas em alta resolução espacial e dados climáticos globais. Um algoritmo foi aplicado para ver o real impacto do clima nos cultivos.  A pesquisa também revelou áreas que são mais suscetíveis às variabilidades e que têm grande fatia na produção agrícola no mundo. Os resultados foram os seguintes: América do Norte com soja e trigo de primavera, Europa para trigo de primavera e Ásia para arroz e milho. Esses locais  são  fortemente influenciados pela variabilidade climática e pelos extremos.

Veja o que disse a autora Elisabeth Vogel, do Centro de Excelência para Extremos Climáticos e Colégio de Clima e Energia da Universidade de Melbourne.

 “Curiosamente, descobrimos que os fatores climáticos mais importantes para anomalias de produção estavam relacionados à temperatura, e não à precipitação, como seria de esperar, com a temperatura média da estação de crescimento e extremos de temperatura exercendo um papel dominante na previsão do rendimento das colheitas. Em nosso estudo, descobrimos que a produção de milho na África mostrou uma das relações mais fortes com a variabilidade climática da estação em crescimento. De fato, foi a segunda maior variância explicada para a safra de qualquer combinação cultura / continente, sugerindo que é altamente dependente das condições climáticas. Com a mudança climática prevista para alterar a variabilidade do clima e aumentar a probabilidade e a severidade dos extremos climáticos na maioria das regiões, nossa pesquisa destaca a importância de adaptar a produção de alimentos a essas mudanças”.
 

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