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CNA pressiona governo por reajuste do preço mínimo do café

O assunto poderá ser tratado na reunião da próxima quinta


A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta terça-feira, em contatos mantidos com os ministérios da Casa Civil, Fazenda e Agricultura, o reajuste do preço mínimo do café.

Segundo nota divulgada pela CNA, a cafeicultura brasileira enfrenta, atualmente, forte perda de renda diante de um cenário de crescente elevação dos custos de produção e queda dos preços de mercado.

O assunto poderá ser tratado na reunião da próxima quinta-feira do Conselho Monetário Nacional (CMN).

"Para amenizar os prejuízos do setor, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, defende a revisão do preço mínimo do café, de 261,69 reais para 340,00 reais a saca de 60 quilos do café arábica", disse a CNA em nota.

De acordo com a CNA, o preço mínimo do governo, utilizado nas operações governamentais de apoio ao produtor, não sofre alterações há três anos.

Segundo Kátia, a "situação está insustentável e, se o mínimo demorar muito para ser definido, a tendência é que os preços caiam mais".

As cotações do café arábica tem caído desde o ano passado no mercado internacional. Só em 2012, os preços caíram 36 por cento, acumulando 10 por cento de baixa este ano.

Nesta semana, o café arábica foi comercializado em torno de 295,50 reais a saca, bem abaixo dos Custos Operacionais Efetivos, que estão acima de 350,00 reais a saca para as regiões de Guaxupé, Santa Rita do Sapucaí e Manhumirim, em Minas Gerais, segundo dados do projeto Campo Futuro (CNA/Cepea).

A safra recorde colhida no Brasil em 2012, que chegou a 50,83 milhões de sacas de 60 quilos, contribuiu para pressionar os preços. E a perspectiva é de uma nova grande safra este ano.

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