CNA quer redução de juros em programas prioritários
Expectativa é de ter recursos à disposição das atividades agropecuárias
Nesta quarta-feira (18.04) a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, as propostas do setor produtivo para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019. Uma das principais reivindicações da Confederação é a redução dos juros para linhas de investimento prioritárias. A entidade propõe taxa de 4% ao ano para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e para o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).
Para o custeio, o setor pleiteia a queda dos juros de 8,5% para 5,5% ao ano. Para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), a CNA defende a redução dos juros de 7,5% para 4,5% ao ano.
De acordo com o presidente da CNA, João Martins, a expectativa é de ter recursos à disposição das atividades agropecuárias e melhores condições de acesso a esses recursos. “Temos um bolo e nesse bolo indicamos o que é conveniente para nós, porque fomos ouvir os produtores. O produtor tem que focar na produtividade e para isso ele terá que ter mais recursos para investimentos”, afirmou Martins.
A CNA ainda ressalta a necessidade de se manter os atuais níveis de exigibilidade para os depósitos à vista e poupança rural direcionados ao crédito rural, de se fomentar fontes alternativas de recursos para o financiamento da atividade agropecuária, de se aprimorar o crédito rotativo e de longo prazo e de se reduzir os custos de transação inerentes à tomada de crédito rural.
Os instrumentos de gestão de risco são outra prioridade para a CNA. A entidade defende o volume de recursos de R$ 1,2 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), a implementação de sistema que permita a comparação de apólices de seguro pelo produtor, a concessão direta da subvenção ao produtor rural e a utilização do seguro rural como garantia efetiva das operações de crédito rural.
A Confederação propõe, ainda, a manutenção da isenção de imposto de renda para investidores em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e a emissão de títulos em moeda estrangeira.