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CNH importa tratores da Índia

Empresa aproveita queda do dólar para importar máquinas dedicadas a lavouras de fumo



Empresa aproveita queda do dólar para importar máquinas dedicadas a lavouras de fumo. Com o câmbio favorável às importações, a CNH, fabricante de máquinas agrícolas do Grupo Fiat, está trazendo uma linha de tratores da Índia para vender no Brasil. Com a família, batizada de TT, a empresa ampliou seu segmento de entrada. "Passamos a atuar no segmento de 50 cv. Anteriormente só tínhamos opções a partir de 60 cv", diz Francesco Pallaro, diretor comercial. De acordo com ele, a empresa vendeu neste ano 100 unidades do trator TT, da marca New Holland, com preço de cerca de R$ 50 mil, em um mercado estimado em 800 unidades. O trator importado é voltado para pequenos produtores das culturas de fumo e hortifrutis. A idéia é driblar o baixo volume de vendas no mercado brasileiro. A CNH, de acordo com Pallaro, deve fechar o ano com queda de 40% nas vendas de tratores e colheitadeiras, por conta da quebra de safra de grãos, redução dos preços internacionais e da valorização do real. No acumulado de janeiro a novembro, a empresa vendeu 2.824 tratores das marcas Case e New Holland, 55,8% menos do que no mesmo período do ano passado. Com isso, sua participação no mercado ficou em 16,6%, atrás de Agco (5.747) e Valtra (5.041). Em colheitadeiras, o grupo ficou na liderança, com 42%, ou vendas de 578 unidades. O volume de vendas de colheitadeiras, contudo, caiu 74,9% na comparação com igual período do ano passado. Segundo o executivo, a expectativa é de recuperação em torno de 5% em 2006, puxada pelas culturas de cana, frutas e café. A CNH deve investir US$ 35 milhões no próximo ano, mesmo montante de 2005, basicamente em modernizações e lançamento de produtos. Por outro lado, se mantido o quadro de valorização do real, a expectativa é de ligeira queda nas exportações de máquinas em 2006. Segundo Pallaro, a empresa conseguiu repassar dois reajustes de preços de 5% para os clientes em 2005, mas as margens continuam apertadas. A empresa elevou esse ano para 57% o percentual de tratores e colheitadeiras destinadas à exportação. O mercado interno ficou com 43% da produção. De janeiro a novembro, 3.402 unidades foram vendidas no Brasil e 4.502 unidades foram exportadas. O principal destaque nessa área foi a linha de colhedoras de cana Case de Piracicaba (SP). Há dois anos a matriz decidiu transferir a linha de produção da Austrália para o interior de São Paulo, o que vem alavancando as exportações. Neste ano, a planta fez a primeira venda de colhedoras de cana para o mercado australiano. Na Austrália, onde a colheita é totalmente mecanizada, a marca Case IH possui 50% das vendas do segmento. Por conta da transferência, a produção em Piracicaba foi elevada de 110 para 247 unidades e deverá chegar a 350 em 2006. Na área de tratores, a empresa também vem diversificando a carteira de clientes para países fora da América Latina, com destaque para Indonésia, Rússia e Tailândia. Neste ano serão exportadas 1,3 mil unidades para essas regiões. O Brasil responde hoje por 8% dos negócios globais do grupo CNH, que atua na área de máquinas agrícolas e construção. Controlado pelo grupo Fiat, o conglomerado obteve receitas de US$ 11,7 bilhões em 2004. A CNH Latino América faturou US$ 750 milhões no ano passado com a comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas, o que representou crescimento de 32% em relação ao ano de 2003.

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