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CNH rejeita termos de fusão com Fiat Industrial

A Fiat Industrial já controla 88 por cento da CNH


A fabricante norte-americana de máquinas agrícolas e equipamentos de construção CNH rejeitou nesta segunda-feira os termos de uma fusão com a Fiat Industrial, num revés para os planos do presidente do conselho Sergio Marchionne para uma oferta de ações nos Estados Unidos.


A Fiat Industrial já controla 88 por cento da CNH, mas um comitê especial que assessora a companhia norte-americana sobre a fusão e cuja aprovação é necessária para que ela aconteça, afirmou que "concluiu de forma unânime que a proposta é inadequada e que não representa os melhores interesses da CNH e de seus acionistas".

A fusão é importante porque poderia criar uma única companhia, listada nos Estados Unidos, que iria se beneficiar de custos de financiamento menores e outras sinergias, permitindo a ela competir de forma mais eficiente com rivais globais, como a Caterpillar.

"A Fiat Industrial continua comprometida com os benefícios financeiros e estratégicos da fusão", disse Marchionne em comunicado que sinalizou que a empresa está preparada para discutir revisão nos termos da fusão.

A Fiat Industrial se separou da Fiat e a fusão com a CNH era vista por analistas como uma espécie de exemplo de esboço para a planejada aquisição dos 41,5 por cento da Chrysler que a montadora italiana ainda não possui.

A oferta em ações da Fiat Industrial é baseada em preços de mercado entre março e abril, antes que o plano de fusão fosse publicamente revelado, e propõe uma relação de 3,8 a 3,9 ações da Fiat Industrial para cada papel da CNH. A Fiat argumenta que não deveria pagar um prêmio porque a operação não vai criar economias de custos.


Acionistas da CNH contatados pela Reuters afirmaram que apoiam a lógica da fusão com a Fiat Industrial, mas discordam do preço que está sendo oferecido.

"É um bom plano, mas os acionistas da CNH não estão sendo adequadamente compensados pelo o que traremos à mesa em termos de nossa contribuição aos lucros ou sinergias sob a oferta atual de preço", disse um acionista da CNH que pediu para não ser identificado.

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