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Colheita do milho alcançou 82% da área cultivada

Mesmo com o aumento das lavouras de milho em fase de maturação e com o tempo seco, que beneficia a perda de umidade dos grãos, novamente percebeu-se o avanço bastante lento nos trabalhos de colheita


Foto: Divulgação

Mesmo com o aumento das lavouras de milho em fase de maturação e com o tempo seco, que beneficia a perda de umidade dos grãos, novamente percebeu-se o avanço bastante lento nos trabalhos de colheita. O principal fator para essa lentidão está relacionado à colheita em curso nas lavouras de soja, em todas as regionais da Emater/RS-Ascar, que direcionam praticamente todo o maquinário e a mão de obra.

Essa oleaginosa apresenta risco muito elevado de perdas por debulha e por causa das chuvas excessivas ou do granizo se comparada ao milho. A colheita alcançou 82% da área cultivada. A produtividade obtida permanece 3.500 kg/ha, sendo aproximadamente 55% inferior à esperada por ocasião do plantio Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de Dom Pedrito relatam a ocorrência de perdas expressivas nas lavouras de milho devido ao ataque de caturritas, especialmente em bordaduras e nas lavouras próximas a áreas de mato.

Na de Caxias do Sul, as lavouras semeadas no tarde, principalmente em pós-colheita do alho e cebola, estão em fase de enchimento de grãos e com bom potencial de rendimento. Entretanto, essas áreas totalizam apenas 3% do total cultivado na região. Há muito interesse de produtores por projetos de armazenagem de grãos na propriedade através de silos secadores, seja em unidades pequenas ainda para essa safra, seja em unidades de médio porte para safras futuras.

Na de Ijuí, cultivos do tarde seguem com bom desenvolvimento beneficiados pela situação climática, com variabilidade de estádios fenológicos, conforme a emergência das plantas. A análise das espigas confirma que houve boa fecundação e desenvolvimento inicial dos grãos, conferindo formação completa e mantendo seu potencial produtivo. Na regional de Pelotas, no período de 11 a 17/04, não houve chuvas expressivas, mas os solos ainda permaneceram com teor de umidade, o que permitiu o desenvolvimento das fases evolutivas da cultura. As lavouras colhidas apresentaram produtividade inferior a 4.800 kg/ha. As lavouras implantadas mais tardiamente deverão apresentar melhores resultados.

Na de Santa Maria, as condições ambientais permaneceram favoráveis para as lavouras implantadas após a regularização das chuvas, que ocorreu em meados de janeiro. Porém, as perdas acumuladas permanecem em 65% em decorrência dos péssimos resultados obtidos nos primeiros cultivos, os quais tiveram maior proporção na composição da safra. 

Na de Santa Rosa, as lavouras do cedo foram colhidas. Restam 11%, que foram cultivadas após o período recomendado pelo ZARC e que estão em diferentes fases de desenvolvimento. No período, foram executados trabalhos de controle de plantas daninhas e monitoramento de lagartas e cigarrinha. O grande receio é a ocorrência de geadas em período antecipado do inverno, que frustraria a maioria dos produtores.

Na de Soledade, as lavouras implantadas ao final do ZARC continuaram com bom desenvolvimento, mas com menor intensidade devido às temperaturas médias mais baixas e à menor radiação solar, características do outono. Esses fatores interferem na duração dos estádios de desenvolvimento, que aumentam à medida que diminui astemperaturas. As fases da cultura são as seguintes: colhido, 69%; maturação, 4%; enchimento de grãos, 20%; florescimento, 6%; e desenvolvimento vegetativo, 1%.

informativo conjuntural Emater/RS
 

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