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Colômbia e Brasil querem liderar movimento para amenizar crise no setor cafeeiro


O presidente Lula e o da Colômbia, Álvaro Uribe, pretendem liderar um movimento na Organização Internacional do Café (OIC) para tentar amenizar a crise que se alastra pelo setor cafeeiro. Segundo dados do Ministério da Agricultura do Brasil, os produtores de café detinham há 20 anos 19% de todo o resultado da cadeia produtiva, enquanto atualmente este mesmo grupo tem acesso a apenas 7% dos recursos.

Na tentativa de reduzir esta queda na remuneração, uma das metas dos dois governos é incentivar outros produtores do grão - como Costa Rica, Cuba, Guatemala, Índia, México, Peru, Venezuela e Tailândia - a buscar uma solução para os baixos preços no mercado internacional e para o crescente índice de desemprego no setor. "Precisamos discutir a fatia do bolo que cada um vai comer a partir de agora. Quem está comendo o bolo menor certamente é o produtor e o trabalhador", disse Lula ontem (16-09), após a abertura das comemorações dos 40 anos da OIC, em Cartagena.

Uribe também foi duro nas críticas ao atual sistema de remuneração dos produtores que vivem da atividade. "Queremos evitar a ruína de 100 milhões de produtores de café no mundo", afirmou o presidente colombiano, alegando que a adoção de políticas deste tipo pode evitar que produtores de café deixem de plantar o grão para produzir coca ou papoula. "Precisamos reunir indústria e produtores para discutir como resolver este problema", disse Lula. "Hoje é para salvar os produtores, amanhã para salvar os tostadores", completou Uribe.

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