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Com a entrada da safra, alta de preço perde força

Outra razão para a queda dos preços é a concorrência com o leite da Argentina e do Uruguai


A alta dos preços do leite ao produtor nacional perdeu força. Em agosto, o valor médio pago pelo produto entregue em julho foi de R$ 0,758 por litro, 2,57% acima do mês anterior, segundo a Scot Consultoria. Até julho, o ritmo de valorização vinha mais forte.

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De acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot, a desaceleração na alta ocorre porque a captação de leite já começa a aumentar no país, com a entrada da safra no Centro-Sul. Além disso, explicou, os preços firmes no primeiro semestre - por conta da entressafra e da disputa entre laticínios - estimularam os investimentos em alimentação do gado por parte dos pecuaristas e o resultado é uma produção maior.

Num levantamento que a Scot faz com indústrias do setor, 30% acreditam em estabilidade para o pagamento de setembro (leite entregue em agosto), 56% em queda e 14% em alta. A maior parte espera recuo dos preços do leite em função do crescimento da oferta. Segundo Ribeiro, a maior parte dos que prevê alta está no Nordeste, onde a safra começa mais tarde.

A pesquisa também mostrou queda nos preços do leite longa vida no atacado e no varejo em agosto. No primeiro caso, o preço médio foi R$ 1,68 por litro, 13,85% a menos que em julho. No varejo, foi de R$ 2,06, redução de 14,87% sobre julho. "Em julho, normalmente a demanda já é menor por causa das férias. (...) Este ano houve prolongamento das férias por causa da gripe A", observou Ribeiro.

Segundo Ribeiro, outra razão para a queda dos preços é a concorrência com o leite da Argentina e do Uruguai que vinham sendo importados a preços abaixo dos do mercado brasileiro.

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