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Começa a renegociação das dívidas de insumos

O BB começou a renegociar as dívidas dos produtores rurais com as indústrias


O Banco do Brasil (BB) começou nessa terça-feira (05-06) a renegociar as dívidas dos produtores rurais com as indústrias de insumos. Apesar de a demanda recebida pela instituição financeira ser de R$ 3,5 bilhões, há recurso para R$ 2,2 bilhões. Deste total, 10% - R$ 220 milhões - terão de ser desembolsados pelo agricultor como taxa de adesão ao financiamento.

Segundo o gerente-executivo da Diretoria de Agronegócios do BB, Rogério Pio, esse valor comporá o fundo garantidor da operação, juntamente com os 20% das indústrias de insumos e até 15% de participação do Tesouro Nacional.

A taxa de 10% será paga ao fornecedor de insumos e há possibilidade de retornar, em parte, ao bolso do agricultor. "Se houver adimplência, ao final do financiamento sobrará recurso no fundo. Neste caso, o produtor poderá reaver 50% dessa taxa", completa.

O prazo limite para contratação do crédito é 29 de setembro. De acordo com o executivo, as propostas serão aprovadas de acordo com a ordem de chegada no banco, respeitando a conformidade da documentação.

Pio acrescenta que o programa traz como vantagem a liberação pela indústria das garantias hipotecárias dadas pelo produtor. "Como a carência é de dois anos, a garantia será a safra 2008/09", completa.

Mas ainda não é possível saber qual a proporção do financiamento que atenderá cada estado, pois a instituição financeira está reavaliando os arquivos recebidos das indústrias de insumos. Ele acrescenta que só sabe-se que dos R$ 3,5 bilhões de propostas recebidas, o equivalente a R$ 1,2 bilhão foi devolvida aos proponentes para correção, por estar com documentação errada. "São propostas em que os CNPJs informados são de revendas, que não são beneficiários desse programa".

No entanto, segundo o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher, o valor atualizado dessa dívida ainda é incógnita. "Com o melhor preços das commodities agrícolas, a partir de outubro de 2006, muitos conseguiram quitar seus débitos. Ele estima que dos R$ 2 bilhões de dívidas só com adubos registradas em meados de 2006, em torno de R$ 500 mil foram quitados.

Regional

De acordo com a demanda recebida, o Centro-Oeste é a região que terá de liberar a maior parte: R$ 138,6 milhões, o equivalente 63% da necessidade. Do total de propostas recebidas 40% são do estado de Mato Grosso, 15% de Goiás, 10% do Rio Grande do Sul e o mesmo percentual da Bahia. Paraná e Mato Grosso do Sul detêm, cada um, 8% dessa demanda.

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