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Comércio Brasil-China pode crescer 84% este ano


As exportações brasileiras para a China devem encerrar o ano gerando um volume financeiro em torno de US$ 5 bilhões, superando em 84% o desempenho de 2002. Esta é expectativa do secretário de comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.

Ele salienta que o resultado é maior que o crescimento total das exportações brasileiras, que, neste ano, aumentaram 20%. O país asiático é o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Embora minério de ferro e soja continuem encabeçando a lista de produtos brasileiros mais vendidos para o país asiático, Ramalho destaca que os manufaturados, com maior volume agregado, dos setores de siderurgia e autopeças, apresentaram crescimento de vendas e devem seguir essa tendência em 2004.

Segundo Ramalho, independente do aumento dos atritos comerciais entre China e Estados Unidos, que poderiam resultar na transferência de investimentos para o Brasil, o governo brasileiro vê, no país asiático, um grande parceiro comercial. Só neste ano, a expectativa chinesa é de importar de todos os seus parceiros um total de US$ 300 bilhões.

Se as exportações brasileiras representam um crescimento extraordinário de US$ 5 bilhões, para a China indicam algo em torno de 1% de suas importações. “Grande parte dos empresários brasileiros já reconhece esse potencial de crescimento”, afirmou.

As projeções de incremento das relações comerciais entre os dois países se intensificaram ontem (20-11) durante a Rodada de Negócios Brasil-China, realizada em São Paulo. A assinatura de 14 contratos entre empresários brasileiros e da província chinesa de Guangdong geraram negócios na ordem de US$ 150 milhões nos setores de eletrodomésticos, têxtil, agricultura, tecnologia entre outros. A província movimenta 1,9% do Produto Interno Bruto da China e possui 86 milhões de habitantes.

A rodada de negócios foi organizada pelo governo da província de Guangdong e contou com o apoio do Consulado da República Popular da China em São Paulo, da Federação das Indústrias do estado de são Paulo (Fiesp) e da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE). Quase 400 empresários brasileiros e 38 chineses participaram do evento.

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