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Comitiva chinesa conhece o sistema de defesa sanitária e visita frigoríficos paranaenses

A GACC é a agência do governo chinês que supervisiona registros de produtos importados e coordena as inspeções de entrada e saída do País


Foto: Canva

Auditores da Administração-Geral de Alfândega da China (GACC) estão no Paraná para colher informações sobre o trabalho de sanidade animal e visitar frigoríficos que têm interesse em manter relação comercial com o país. A GACC é a agência do governo chinês que supervisiona registros de produtos importados e coordena as inspeções de entrada e saída do País.

Eles passaram esta quarta-feira (06) em reunião na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e nesta quinta-feira visitam algumas estruturas frigoríficas no Estado que pleiteiam o direito de exportar para a China. “A vinda dos senhores é muito importante para o nosso Estado, que produz a melhor agricultura do Brasil, uma agricultura muito diversificada, líder na produção de proteínas animais e grande produtor de grãos”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Ele destacou ser a China o principal cliente dos produtos agropecuários do Paraná. “Nós temos elevado interesse em estreitar ainda mais as relações, porque a agricultura e a agroindústria são o nosso principal negócio”, disse. “O objetivo é atendê-los adequadamente no interesse comum de ambos os países”, disse. 

Um dos objetivos dos auditores é buscar informações sobre o que tem sido feito para manter o status de livre de febre aftosa sem vacinação, que o Paraná conquistou em 2021 com o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Mas o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou também a chancela na mesma ocasião de zona livre de peste suína clássica independente.

Sobre as ações paranaenses em relação à febre aftosa, o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, salientou que a vigilância é feita em casos de notificação por suspeita, em locais de eventos agropecuários, em abatedouros e nos próprios estabelecimentos rurais.

Atualmente o Estado tem 155 mil fazendas que produzem 8,8 milhões de cabeças de gado, além de 6,8 milhões de suínos em cerca de 6 mil propriedades, 40 mil búfalos, 450 mil ovelhas e 38 mil caprinos. Anualmente os proprietários são obrigados a cadastrar seus rebanhos nos meses de maio e junho. Para o atendimento  a Adapar tem 227 médicos veterinários e 260 assistentes veterinários, além de mais de 3 mil da iniciativa privada que ajudam no trabalho de controle de doenças. Nas divisas interestaduais há 33 postos fixos de fiscalização. 

A fiscal agropecuária da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DAS) do Ministério da Agricultura e Pecuária, Ana Carolina Botelho, apresentou um panorama da situação da aftosa no País, em que Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação de livre de aftosa sem vacinação. O Ministério pretende apresentar em agosto à OMSA a petição para que os outros 17 estados produtores de bovinos tenham o mesmo status declarado na próxima reunião.

Participaram da reunião os auditores Jiang Hongqi, Song Jiande, Ji Fan, Song Zhanyu e Xia Chongyang; os tradutores Vilson Hung Yuan Yao e Johnny Yeh; a fiscal do MAPA/DAS, Eliana Dea Lara; a representante da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná, Juliana Azevedo Castro Bianchini; a veterinária da Frimesa, Luana da Rocha e da Aurora Coop, Eliana Renúncio; e o representante da Ocepar, Alexandre Monteiro.

Além do Paraná, a comitiva teve reuniões e visitas no Rio Grande do Sul. Antes de retornarem à República Popular da China, eles conhecerão o laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária em Minas Gerais.

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