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Como a mudança climática afeta nossa vida?

Dia do Combate às Mudanças Climáticas traz discussões


O relatório mais recente do IPCC, de 2018, prevê um aumento de 1,5ºC na temperatura média global O relatório mais recente do IPCC, de 2018, prevê um aumento de 1,5ºC na temperatura média global - Foto: Freepok

Hoje, dia 16 de março, celebramos o Dia do Combate às Mudanças Climáticas, uma oportunidade crucial para refletir sobre a importância de enfrentar os desafios ambientais que estão diante de nós. Muito se discute sobre o tema, desde o famoso Acordo de Paris até os impactos dos gases de efeito estufa, mas será que verdadeiramente compreendemos essas questões e sua relevância em nossas vidas? 

“Vamos imaginar o planeta Terra como se fosse uma casa que tem uma temperatura boa e equilibrada, como quando você ajusta o ar-condicionado para que não faça muito calor ou muito frio. Contudo, infelizmente, algumas coisas que as pessoas fazem dentro dessa casa, como usar combustíveis de origem fóssil ou desmatar florestas nativas, geram gases que se acumulam no teto, bagunçam o equilíbrio da temperatura e deixam o ambiente cada vez mais quente. O impacto desse aquecimento são as mudanças climáticas, um desequilíbrio que derrete geleiras, afeta a incidência de chuvas, aumenta períodos de seca e adoece a Terra e todo seu ecossistema”, explica a bióloga e doutora em botânica Virginia Londe de Camargos, gerente de Meio Ambiente da Veracel Celulose.

O relatório mais recente do IPCC, de 2018, prevê um aumento de 1,5ºC na temperatura média global nas próximas duas décadas. Este aumento já está causando eventos extremos no Brasil, como tempestades e temperaturas mais altas. Durante a COP21 em 2015, o Acordo de Paris foi estabelecido como um compromisso global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater a crise climática.

“Nesse contexto, o setor de florestas plantadas é um importante aliado, pois captura esses gases nos plantios de eucalipto e na restauração ambiental, promovendo fixação na biomassa, incluindo troncos, galhos e raízes. Esse armazenamento é crucial, pois evita que o Carbono seja liberado na atmosfera. Além disso, o plantio em mosaico, com o eucalipto nos platôs e a manutenção da vegetação nativa nos vales, colabora para conservação do solo, reduzindo a erosão e controlando o escoamento de água”, destaca Virginia.

Tomando a Veracel como um caso exemplar, apenas no ano de 2022, a empresa conseguiu retirar um total de 1.671.882 toneladas de CO2eq da atmosfera por meio de suas plantações de eucalipto e atividades de restauração ambiental, já considerando as emissões provenientes de sua operação industrial. O saldo entre o que a empresa emite e o que ela remove é de aproximadamente 12%.

“Ou seja, removemos 78% de Carbono e emitimos somente 12%. A empresa tem sido procurada para entrar no mercado de Carbono, um mecanismo econômico que visa reduzir as emissões, por meio da negociação e da compensação de créditos. Isto é, empresas que conseguem remover mais gases da atmosfera negociam esses créditos para as empresas que não conseguem anular suas emissões, e assim os países caminham para tentar cumprir as metas estabelecidas no Acordo”, explica a executiva.
 

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