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Como aproveitar as compras chinesas para 2022?

Por enquanto, chegamos a lucros superiores a 50%, exceto em alguns estados que estão próximos


Foto: Divulgação

Já se sabe que o apetite chinês pela soja brasileira é tanto que os asiáticos já estão comprando grãos para 2022 e, em alguns casos até mesmo 2023. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, os lucros estão atualmente em mais de 50%, podendo subir. A grande questão do momento é: Como fazer as contas para aproveitar as compras chinesas para 2022? 

“Claro que tudo pode mudar, mas são os parâmetros que se tem hoje. Por enquanto, chegamos a lucros superiores a 50%, exceto nos estados de Mato Grosso e Goiás, mas que estão bem próximos. Nesta sexta-feira havia comprador de soja para 2022 no porto gaúcho de Rio Grande a R$ 114,00/saca. No Centro Oeste, historicamente, o preço da soja no MT/MS nunca caiu de US$ 20/saca, neste ano chegou a US$ 23 ou mais, o que também corrobora nosso cálculo”, aponta a equipe de analistas da T&F. 

Margem de erro: “Digamos que não tenhamos acertado o prêmio ou o frete ou a projeção do custo de produção. Não tem problema, porque as enormes flutuações do mercado corrigem isto ao logo do tempo. Seria melhor ir fixando as partes em separado: primeiro o prêmio, depois o dólar e por fim a cotação de Chicago. Mas, se não souber fazer isto e só souber vender a saca pelo preço cheio (nós poderemos ajudar) divida mais os lotes e vá fixando aos poucos”, complementa a T&F. 

O principal, de acordo com os analistas, é fazer estas contas todos os dias e acompanhar o mercado (se você não tiver paciência para isto, seu filho tem, peça a ele). Historicamente, o preço da soja no MT/MS nunca caiu de US$ 20/saca, neste ano chegou a US$ 23, o que confirma nossos números acima.

“Nossa recomendação, portanto, é a de se aproveitar estes preços/lucros. Esqueça o ditado comum entre os agricultores de que ‘se agora está assim, imagine quando chegar lá!’, que é um grande erro. A melhor lição do mercado é de que o preço pode cair. O mercado é cheio de vai-e-vem. Então, nossa recomendação é a de que o agricultor garanta pelo menos os seus custos com estes preços e, se quiser especular (alguns não resistem) use o que sobrar, porque, se perder, não comprometerá o seu patrimônio, apenas o seu lucro”, concluem os analistas.

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