Como está o mercado do milho?
Santa Catarina tem dia calmo e poucos negócios com a colheita avançando
No mercado do Rio Grande do Sul, de acordo com a TF Agroeconômica, os compradores apostam que o preço irá cair e esperam. “Já foram comercializados 40% da safra que ainda nem foi colhida. Os grandes compradores estão abastecidos e esperando esta queda para voltarem ao mercado. Hoje oferecem no máximo R$ 83,0 nas Missões, para fevereiro e março, mas o vendedor (raros) querem R$ 84,00 fevereiro e R$ 85,00 março. Não há negócios reportados”, comenta.
Santa Catarina tem dia calmo e poucos negócios com a colheita avançando. “Ao que tudo indica, esta quarta-feira foi de pouco movimento no mercado catarinense. Com a colheita avançando, os produtores esperam para realizar negócios, e a indústria, abastecida, não oferece melhores preços, principalmente depois de quedas em Chicago. A colheita tem avançado em regiões como o Alto Vale, e agentes do mercado acreditam que dentro de 7 a 10 dias mais regiões devem colher também, como Canoinhas”, completa.
No Paraná os preços se mantém firmes, porém negociação ainda é escassa. “O Estado do Paraná assiste a uma queda de braço com os primeiros milhos sendo colhidos: o produtor não abre a mão de preços menores, e sabe da sua força no mercado neste momento, e o comprador, algumas vezes por realmente não ter margens suficientes, outras por encontrar-se abastecido, não “encara” preços maiores”, indica.
“Comprar milho dentro do Estado do Mato Grosso do Sul com certeza é um desafio. Primeiro, porque o Estado tipicamente não é produtor; segundo porque hoje os produtores encontram-se capitalizados, e terceiro, porque a conta da indústria não chega nem perto do preço ideal do produtor. Há produtores hoje no Estado com pedidas de R$ 80,00, porém agentes do lado comprador já nos garantiram: não há margens para pagar milho nestes valores”, conclui.