CI

Como evitar as cólicas equinas

Manejo e alimentação inadequados contribuem para dores abdominais



A cólica é responsável por grande número de mortes em equinos, atrás apenas da idade avançada. Caracterizada por fortes dores abdominais causadas por distúrbios no sistema digestivo, vários fatores podem ocasionar esse problema como clima, alimento mofado, de baixa qualidade e manejo alimentar inadequado. Por exemplo, se o cavalo ingere produtos estragados, em excesso ou rápido demais, podem causar as temidas dores.

O ideal é manter uma rotina de horários para oferecer a dieta. As falhas mais comuns, cometidas pelos criadores, acontecem no verão e no inverno. No calor, quando o cavalo fica acomodado no pasto coberto por brotos de capim, a ingestão desse volumoso pode gerar indisposição. Já no frio, quando há consumo exacerbado de feno seco e com grande quantidade de fibras de baixa qualidade (feno com muito talo – passado a altura de corte).

Os sintomas mais comuns são: falta de apetite, mal estar que faz o equino rolar, deitar, cavar (bater a pata no chão) e olhar constantemente para o flanco (vazio/virilha). Essas dores são intensas e podem até levar a morte se não forem tratadas em tempo. Dependendo do tipo da cólica, o animal pode vir a óbito em apenas seis horas.

O tipo mais frequente é a chamada cólica por impactação, provocada por mudanças na alimentação que prejudicam a digestão, especialmente por volumoso (fibra) de baixa qualidade, que não consegue ser digerido adequadamente e obstrui o intestino, ocasionando muita dor abdominal.

Como prevenção, é necessário que o cavalo tenha uma nutrição balanceada. Algumas dicas importantes para sua saúde: dividir a alimentação várias vezes ao dia, sem fornecer mais de dois kg de ração por trato e deixar o volumoso (capim ou feno) sempre à vontade, para evitar que o equino comece a comer estrume, cama (palha, serragem) e também apresente gastrite (úlceras). 

É fundamental observar sempre se não há mofo no feno e na ração. Para evitar, é necessário sempre manter esses alimentos armazenados em local coberto e arejado, desencostado da parede e sob estrado.        

Segundo a médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi, Claudia Ceola, “o ideal é proporcionar uma ração produzida com matéria prima de qualidade, indicada para categoria certa, sempre dividida em no mínimo duas refeições diárias e deixar o animal com livre acesso ao volumoso. O criador precisa sempre ter o auxílio do médico veterinário e oferecer alimentos balanceados para o desenvolvimento correto do equino”.

 Em situações de cólica, o criador deve ser ágil, pois a evolução das dores no cavalo são mais rápidas do que em outras espécies. O primeiro passo é solicitar com urgência a presença do médico veterinário, para que possa indicar o melhor tratamento. “Enquanto o profissional não chega, tire o cavalo do celeiro e faça com que ele ande para que tenha movimentação do intestino, e não deixe o animal deitar e rolar. A movimentação ajuda o trânsito intestinal e alivia um pouco as dores”, aconselha a veterinária.
Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.