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Como manejar bicho-furão no Citros

As lagartas vivem em laranjas verdes ou maduras. Os frutos afetados ainda verdes ficam amarelados e caem



Foto: Eliza Maliszewski

O bicho-furão do citrus (Gymnandrosoma aurantianum) é uma praga antiga da citricultura e causa grandes danos. Os frutos ficam impróprios para consumo e indústria. As lagartas vivem em laranjas verdes ou maduras. Os frutos afetados ainda verdes ficam amarelados e caem. Em frutos maduros,  observa-se uma depressão de cor marrom escuro. Neste orifício de penetração da lagarta é possível observar secreções, que endurecem e ficam grudadas na casca do fruto.

Nas fases de mariposa, ovo e lagarta externa é possível fazer intervenção com químicos como organofosforados, piretróides e fisiológicos. Nas fases mais longas de lagarta interna (25 dias) e pupa (23 dias) não é mais possível, trazendo complicações. O assunto foi abordado pelo Engenheiro Agrônomo Danilo Franco, em uma live promovida pela Ihara.

O controle pode ser feito por armadilhas atrativas para mariposas, com feromônios, instaladas no ponteiro das plantas, fazendo a contagem semanal e substituição mensal. E para a lagarta fazer a inspeção de frutos danificados e vistoria quinzenal em 1% das plantas do talhão. “É importante saber diferenciar bicho-furão de mosca da fruta, fazendo um corte na fruta e identificar se há lagarta ou larva. O dano do bicho-furão não causa nada no fruto no nível inicial, já na mosca da fruta há apodrecimento da fruta já no início do ataque”, destaca Franco.

Outro erro comum, segundo o pesquisador, é instalar as armadilhas na borda da propriedade. Isso não traz a quantidade real de mariposas atraídas. “Se não tenho citrus na propriedade vizinha, por exemplo, a medição pode estar até 50% abaixo do que realmente deveria”, explica.

Monitorando as mariposas e os frutos danificados

Franco ressalta que o monitoramento define o controle. Se há 4 ou mais mariposas por semana deve-se fazer a pulverização individual, aguardando mais uma semana e avaliar novamente as armadilhas e se há necessidade de nova aplicação. Nos frutos danificados quando há 5 ou mais por talhão deve-se fazer a pulverização seqüencial para quebrar o ciclo. “Se há a presença dos dois elementos devo fazer pulverização toda semana, avaliando e vendo se o número chega abaixo do limite”.

O controle químico deve ser feito com pulverização foliar de inseticidas. O objetivo é controlar mariposas adultas e lagartas antes que penetrem o fruto. “O recomendado é que as pulverizações devam ser feitas, preferencialmente, ao entardecer, com turno de trabalho máximo de 6 horas e que cubram o máximo de área possível em um turno. Isto porque as mariposas têm hábitos noturnos”, diz.
 

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