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Como micro e macronutrientes influenciam canavial

O balanço nutricional deve ser feito de forma a não ser limitado ou em excesso


Foto: Marcel Oliveira


O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e a cultura faz parte da história do país, sendo uma das mais importantes para a economia. A cana também demanda cuidados no manejo, especialmente na fase vegetativa que é quando a planta começa a crescer e aumenta o índice de massa foliar, desenvolvimento do colmo e redução no número de perfilhos.

A nutrição vegetal nesta fase é determinante para o ciclo de vida. Trata-se do processo onde a planta assimila os nutrientes disponíveis no ambiente para construir suas estruturas celulares, obter energia para crescer e se reproduzir, repercutindo lá nos resultados finais da safra.

O Coordenador de desenvolvimento técnico de mercado cana-de-açúcar da Ubyfol, Michel Piemonte, vai nos ajudar a entender melhor esta fase e como manejar os micro e macronutrientes. Ele explica que os processos envolvidos na nutrição são afetados pela planta, solo e ambiente. “O sistema planta está centrado nos processos relacionados à assimilação de nutrientes que envolvem a fisiologia vegetal. No solo, estão as áreas de fertilidade, correção e condicionamento de solo. Já o ambiente está associado à irrigação, drenagem, climatologia e outros”, esclarece.

O produtor precisa conhecer e observar o estoque de nutrientes no solo para que não falte. O especialista chama a atenção para os micronutrientes. “O uso de fertilizantes mais concentrados e com menores teores desses micronutrientes, a exploração de solos arenosos e com baixos teores de matéria orgânica e micronutrientes, no material de origem (menor estoque de micronutrientes), tem levantado o questionamento da necessidade da adubação utilizando esses nutrientes”, aponta. 

No entanto Piemonte alerta que os micronutrientes são importantes na cultura da cana ao observar as quantidades que a planta demanda deles. “São quantidades relativamente baixas quando comparadas à extração de macronutrientes, porém de fundamental importância ao desenvolvimento da cultura”, destaca.

É muito importante o posicionamento correto de aplicação do fertilizante no tolete ou via folha, em função do tipo de resposta esperada. O especialista segue explicando que a eficiência da adubação foliar com Nitrogênio não significa adubar mais para nutrir. O ideal é fazer uma balanço nutricional com tecnologias que atinjam a cana-de-açúcar na fase de maior crescimento, de outubro a janeiro no Centro Sul do país. “O uso dessas formulações, promove o equilíbrio metabólico e o desenvolvimento fisiológico da planta, resultando em maiores taxas de crescimento e de armazenamento de açúcar no colmo.

Sua eficiência é comprovada tanto pela estabilidade dos resultados, quanto pelo aumento de produtividade. A aplicação ocorre normalmente junto com defensivos agrícolas, e essas formulações possuem uma alta compatibilidade, favorecendo a aplicação em uma única operação”, ressalta.

Piemonte cita o programa Ubyfol para a cana-de-açúcar, que visa oferecer de maneira equilibrada os elementos, Nitrogênio (N), Potássio (K), Enxofre (S), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Boro (B), Cobre (Cu) e Molibdênio (Mo), balanceados de forma a respeitar a marcha de absorção da planta. “Sabemos que de nada adianta fornecer uma grande quantidade de N, se os teores de Mn ou Mo estiverem baixos na planta, prejudicando assim o processo de assimilação do Nitrogênio”, finaliza.
 

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