Como os cafeicultores de Minas agregam valor ao produto
As capacitações do Senar já ajudaram milhares de produtores
As capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) já ajudaram milhares de produtores e trabalhadores do campo a administrarem melhor os seus negócios e a mudarem de vida. Com o casal de produtores de café de Minas Gerais, Paula e Pedro Dias, não foi diferente. A cafeicultura na Estância Sítio Capinzal, em Santa Rita do Sapucaí, começou com o pai de Pedro. Hoje, ele toma conta do negócio junto com a esposa Paula.
Mas para melhorar o trabalho no campo, eles precisaram de ajuda. Com as capacitações do Senar, foi possível aprimorar o manejo da lavoura, a aplicação de insumos, o controle de pragas e as técnicas de torra e beneficiamento do grão.
“Quando eu comecei a colocar o café no mercado, percebi que as pessoas perguntavam sobre torra e moagem e eu não conhecia muito esses detalhes, então falei para o Pedro que a gente precisava entender um pouco mais e buscar capacitação. E aí foi um curso atrás do outro”, disse Paula.
Em 2014, surgiu a marca autoral de cafés especiais, Grandpa Joel’s Coffee, comercializados em grãos crus, torrados, moídos e em cápsulas, onde todo o processo de fabricação é realizado de maneira artesanal. E com a própria marca, veio a cafeteria, oferecendo uma grande variedade de cafés.
“É uma operação da semente à xícara. O pós-colheita é onde a gente se dedica ao máximo, porque no pé todo café é especial, bonito e delicioso. Então a gente trabalha muito o pós-colheita, como a parte de terreiro suspenso, as técnicas internacionais de seca e as fermentações de café”, explicou Pedro Dias.
O acompanhamento da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Minas também foi decisiva para a marca dos cafeicultores. Para Pedro, o atendimento foi fundamental para a gestão do negócio.
“A ATeG nos ensinou toda a parte técnica e de sanidade da lavoura, o que melhorou muito a produtividade da fazenda e a qualidade dos cafés. A gente passou de um café comum para especial”.
O trabalho, que começou com os cursos e incorporou a Assistência Técnica e Gerencial, também mostrou que além do café líquido, era possível ampliar a oferta de produtos, como doces, cerveja, licor e geleias.
“Existe o Grandpa Joel’s Coffee antes e depois. Quando o Senar Minas entrou na nossa vida, ele abriu um leque de opções, porque a gente percebeu que podia agregar valor ao nosso produto e não vender apenas o café, mas produtos feitos com café ou que harmonizam”, destacou a produtora Paula.
Para o cafeicultor Pedro, o suporte do Senar foi fundamental para a consolidação do negócio e a permanência na propriedade. “Eu não conseguiria ser um cara da cidade gerindo uma fazenda se não fosse o Senar. Ele me ensinou a ser um homem do campo”.