Composto é 'divisor de águas' para pesticidas ecológicos
Descoberta usa propriedade do sorgo para proteger plantas de milho
Os compostos produzidos por plantas de sorgo para se defender contra a alimentação de insetos poderiam ser isolados, sintetizados e usados como dissuasores não-tóxicos de insetos. Foi isso que descobriram alguns pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que estudaram as interações planta-inseto que incluíam componentes de campo, estufa e laboratório.
Os pesquisadores examinaram o papel das substâncias químicas do sorgo chamadas flavonóides, especificamente 3-desoxiflavonóides e 3-desoxianobianidinas, em fornecer resistência contra o pulgão da folha do milho, um minúsculo inseto azul-verde que suga a seiva das plantas. Para defender-se de pragas como os pulgões, o sorgo desenvolveu defesas que incluem a biossíntese de metabólitos secundários, incluindo flavonóides para envenenar as pragas.
Nesse cenário, um estudo anterior da Universidade descobriu que, no sorgo, o acúmulo desses flavonóides é regulado por um gene chamado semente amarela1 que controla as respostas a estresses, como patógenos fúngicos. Segundo observou Surinder Chopra, professor de genética de milho, seu grupo de pesquisa na Faculdade de Ciências Agrícolas conduziu os dois estudos.
Quando compararam as duas linhas de plantas, os pesquisadores descobriram que um número significativamente maior de pulgões adultos de folhas de milho colonizava as plantas nulas y1 em comparação com as plantas com o gene funcional y1 que produziam flavonóides. Os pulgões se alimentaram ativamente das plantas nulas para onde algumas delas mostraram sinais de estresse com folhas amareladas. As plantas funcionais de sorgo que produziam os flavonóides tinham um número muito menor de pulgões e não mostraram efeitos nocivos da alimentação do afídeo.
