Condições das pastagens variam no Rio Grande do Sul
As pastagens anuais de verão estão finalizando seu ciclo em Frederico Westphalen e Passo Fundo
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (11/04) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), o cenário das pastagens no Rio Grande do Sul mostra uma variedade de situações nas diferentes regiões do estado.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Aceguá, as chuvas intensas têm dificultado o preparo e a semeadura das pastagens anuais de inverno, levando os produtores a atrasarem a implantação da aveia. No município de Bagé, por outro lado, os produtores relatam um bom estabelecimento das plantas de aveia semeadas em março. Em São Gabriel, a escassez e o alto preço das sementes de aveia e azevém têm prejudicado a germinação.
Já em Caxias do Sul, as condições climáticas favoráveis têm impulsionado o crescimento das forrageiras, aliviando a escassez de forragem típica da época. Porém, as pastagens perenes de verão estão se aproximando do fim do ciclo, fornecendo alimento, mas com baixa qualidade nutricional devido ao crescimento de plantas lenhosas.
Nas demais regiões, como Erechim e Ijuí, a semeadura das forrageiras anuais de inverno está ocorrendo de forma lenta, principalmente nas áreas anteriormente cultivadas com soja. Entretanto, as plantas de lavouras implantadas apresentam excelente emergência.
Em Frederico Westphalen e Passo Fundo, as pastagens anuais de verão estão finalizando seu ciclo, mas ainda apresentam bom volume devido às chuvas, porém com alto teor de fibras. Observa-se um rebrote das pastagens perenes de verão, resultado da adequada incidência de sol, temperatura e precipitação.
Na região de Pelotas, o tempo favorável beneficiou as pastagens perenes, enquanto as demais áreas enfrentam vazio forrageiro no outono. Em São Lourenço do Sul, a falta de chuvas preocupa os produtores, especialmente em relação ao desenvolvimento das pastagens de inverno.
Em Porto Alegre, as chuvas regulares mantêm os campos em boas condições em algumas regiões, porém, ao sul, a falta de chuvas começa a afetar a rebrotação pós-pastoreio, principalmente em áreas de solo arenoso e argiloso.
Em Santa Maria, a oferta de forragem das pastagens de verão e do campo nativo permanece alta, mas há uma diminuição na capacidade de rebrote das forrageiras. O plantio das pastagens cultivadas de inverno está avançando.
Na região de Santa Rosa, a demanda por forrageiras de inverno aumenta, porém a escassez de sementes de azevém eleva os preços, resultando em poucas áreas implantadas, principalmente com trigo para pastejo.