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Construção de ferrovias une empresários e políticos em SC

Convicção é do presidente da Coopercentral Aurora Alimentos


Existe, agora, uma clara e consistente vontade política para a execução dos projetos ferroviários em Santa Catarina. Essa é a convicção do presidente da Coopercentral Aurora Alimentos e vice-presidente de agronegócio da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mário Lanznaster, após as últimas movimentações empresariais e políticas pela construção de ferrovias no Estado.

Atualmente, a malha ferroviária catarinense possui 1.361 km e está constituída em três troncos: dois no sentido Norte–Sul e um no sentido Leste–Oeste, atendendo o Porto de São Francisco do Sul. Um ramal ferroviário no Sul do Estado liga a zona de produção do carvão às usinas termelétricas e ao porto de Imbituba. As ferrovias catarinenses são utilizadas para embarque e desembarque de carga. As principais mercadorias transportadas são farelo de soja, combustíveis, fertilizantes, madeira, cimento e areia.

Lanznaster defende como prioritárias a ferrovia Norte-Sul, ligando Panorama (SP) ao Porto de Rio Grande (RS) passando por Chapecó (SC) e a ferrovia da Integração, também conhecida como ferrovia do Frango, ligando o Oeste de Santa Catarina ao Porto de Itajaí (SC). O dirigente ficou animado com o recente anúncio do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), segundo o qual, o governo trabalha para começar a obra da Ferrovia da Integração em 2014. Por outro lado, o projeto da ligação Oeste ao Porto de Itajaí será licitado até o final de 2013 para começar a obra em 2014.

Lembra que um sistema logístico eficiente é um diferencial competitivo importante. O Brasil apresenta um custo logístico de aproximadamente 12% do PIB, enquanto nos EUA este custo é de 8%. Além disso, 58% da carga circula pelo Brasil em transporte rodoviário e 25% em ferrovias. Em Santa Catarina, 76% das cargas são transportados por caminhões.

Mário Lanznaster enfatiza que as ferrovias gerarão renda para a economia do Estado de Santa Catarina, eliminarão a evasão fiscal e aumentarão a arrecadação de tributos, pela facilidade de controle e de informatização dos processos. Haverá menores custos de manutenção e encargos das ferrovias, com maior preservação da vida e do meio ambiente. Também haverá maior segurança, com redução dos acidentes, de vítimas, de perda de materiais e de milhões de reais em materiais perdidos.

Outros efeitos positivos são a redução do roubo de cargas, modernização e independência da infraestrutura, com um novo corredor ferroviário (vantagem logística), ganhos em custos de transporte e logística para os empresários catarinenses e maior competitividade para os seus produtos.

Haverá ganhos ambientais com a redução do consumo de combustíveis. A maior eficiência energética das ferrovias irá refletir na redução de elementos poluentes. O modal ferroviário é o de menor emissão de CO2, segundo estudos do Japan International Transport Institute.

Os ganhos sociais também serão expressivos: o transporte de cargas pesadas e perigosas por ferrovia representa menores riscos e perda de vidas, geração significativa de empregos temporários, permanentes, diretos e indiretos. Lanznaster sustenta que o melhor equilíbrio da matriz de transporte trará à sociedade melhor qualidade de vida, pela maior segurança e conforto na escolha e utilização dos meios de transporte disponíveis.

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