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Controle da vassoura-de-bruxa em cupuaçuzeiros é tema de curso

O curso acontece nesta terça-feira, 29, no auditório da instituição, e quarta-feira,30, no Campo Experimental de Fazendinha, distrito de Macapá


A vassoura-de-bruxa, doença que ataca os cupuaçuzeiros, é um desafio constante para agricultores e pesquisadores. Entre as práticas de controle recomendadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está a substituição das copas das plantas, uma técnica que faz parte da programação do curso “Estratégias para recuperação dos cupuaçuzais atacados com vassoura-de-bruxa”, organizado pela área de transferência de tecnologia da Embrapa Amapá, por meio do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa).

O curso acontece nesta terça-feira, 29, no auditório da instituição, e quarta-feira,30, no Campo Experimental de Fazendinha, distrito de Macapá. Será ministrado pelo pesquisador Rafael Moysés Alves e pelo assistente Antônio Fontel Pinheiro, da Embrapa Amazônia Oriental (Pará), sendo direcionado a técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Diagro, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Escolas Famílias Rurais e técnicos agrícolas da Embrapa.

De acordo com o analista de transferência de tecnologia, engenheiro agrônomo Edyr Marinho Batista, existem várias estratégias voltadas à recuperação de cupuaçuzais afetados por vassoura-de-bruxa. “Existe a muda enxertada, o uso da poda fitossanitária, a substituição de copas, o controle químico e também a utilização de sementes originadas do cruzamento dos clones lançados pela Embrapa”, descreveu Batista, lembrando que convém o produtor observar o grau de dificuldade e de perspectiva de produtividade e de relação custo-benefício de cada opção existente.

Atualmente, a Embrapa Amapá mantém um jardim clonal com materiais promissores de cupuaçuzeiros, que têm apresentado boa produtividade e recomendação técnica para o controle da vassoura-de-bruxa. Foram lançados pela Embrapa Amazônia Oriental em 2002 e são denominados de Coari, Codajás, Manacapuru e Belém. Esta unidade da Embrapa estima que existem mais de 30 mil cultivos dessa fruteira distribuídos nos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Acre. No Amapá, a produtividade é baixa, funciona atualmente um sistema agroflorestal na Escola Família Agrícola do Pacuí e uma unidade de observação da Embrapa Amapá instalada em área de produtor, também na região do Pacuí.

A vassoura-de-bruxa é uma doença causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, que se desenvolve nos galhos do cupuaçuzeiro e ativa o crescimento com brotações, flores e frutos e pode levar a planta à morte. Tem esse nome porque deixa os ramos do cacaueiro secos como uma vassoura velha. A contaminação se dá quando os esporos, fase reprodutiva do fungo, se fixam na superfície dos ramos ou frutos em crescimento. Em seguida, eles lançam filamentos chamados hifas que penetram as células do vegetal. Inicialmente, os fungos vivem uma fase em que ficam como se estivessem dormentes e quase não se multiplicam.

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