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Controle elétrico de daninhas elimina herbicidas

Tecnologia pode reduzir a zero o uso de herbicidas e preservar meio ambiente


Foto: Divulgação


Você já ouviu falar de capina elétrica de plantas daninhas? A tecnologia que diminui significativamente a aplicação de herbicidas também é aliada do meio ambiente, contribuindo para a chamada agricultura zero carbono. O equipamento foi desenvolvido por uma empresa com origem brasileira e colabora com várias frentes na atividade.

O CEO do Zasso Group AG, Sérgio de Andrade Coutinho Filho, explica que os herbicidas respondem por cerca de 50% dos produtos químicos aplicados no mundo. O uso em excesso acarreta três problemas: o primeiro é a sustentabilidade ambiental, pois por causa da lixiviação e da deriva, a maior parte desses químicos, até 95% deles acabam em organismos ou ambientes que não eram os alvos. Ou seja, uma pequena parte somente desses produtos é de fato utilizado para controlar as plantas daninhas e uma imensa parte deles acaba no meio ambiente.

Além disso os resíduos podem ficar nos alimentos.  “Desses problemas, a maior parte é devida a presença de elementos químicos proibidos para aquela determinada cultura. Ou um excesso que não apresenta grandes riscos a sua saúde. Todavia, quase 1% dos alimentos testados, apresenta algum tipo de risco agudo, que pode causar efeitos adversos imediatos para a sua saúde”, destaca.

Outro problema causado pelo uso de herbicidas é a resistência que as daninhas adquirem. “Algumas plantas chegam a ter resistência de até cinco herbicidas diferentes. Isso significa que não adianta nem você tentar misturar esses químicos para tentar matar as plantas, não vai funcionar”, alerta Coutinho Filho.

A capina elétrica de daninhas funciona assim: um equipamento personalizado é instalado no trator e com descargas elétricas elimina as daninhas, das folhas até as raízes. Também gera menor impacto nas minhocas que melhoram o solo. A tecnologia deve ter lançamentos para culturas como citros, café, urbano e até produtos comerciais para vinhos e ainda estão em desenvolvimento também soluções para culturas de larga escala, como a soja e a cana-de-açúcar. 

Em relação ao preço nos últimos dez anos, o custo por área dessa tecnologia era viável apenas em culturas orgânicas ou em casos muito específicos. Agora já é viável para a produção de madeira e frutas, por exemplo. Em breve a empresa espera tornar viável a tecnologia para todas as culturas.
 

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