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Cooperativas apostam na carne suína e investem pesado

De olho num mercado ainda pouco explorado no Brasil, as cooperativas do Paraná vão investir pesado nos próximos anos na suinocultura.


De olho num mercado ainda pouco explorado no Brasil, as cooperativas do Paraná vão investir pesado nos próximos anos na suinocultura. Atualmente, o consumo per capita de carne suína no Brasil é de 15,1 kg por habitante. Mas do total, apenas 3 kg são de carne in natura, o restante é representado pelos embutidos, como salame, presunto, bacon e outros.

Segundo o diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, a carne suína tem um potencial enorme de crescimento no mercado interno. “A carne bovina será cada vez mais valorizada lá fora, e exportada. Os preços vão subir. A carne suína vai tomar esse espaço”, diz.

De olho neste cenário, a Frimesa, maior indústria de abate de suínos do Paraná e a 4ª do Brasil, formada pelas cooperativas Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato, vai agir com ousadia. Segundo Zydek, a empresa pretende criar o maior frigorífico da América Latina em Assis Chateaubriand, com capacidade para abater mil suínos/hora em 2030. Atualmente, a empresa abate cerca de 6,5 mil animais por dia na unidade de Medianeira, no Oeste do Estado. “Será um investimento por etapas. Mas só na inicial serão investidos R$ 500 milhões. Acreditamos que o mercado de suínos, nos próximos anos, ficará concentrado na mão de 8 grandes empresas. E queremos garantir nosso espaço”, explica.

Criada em 2015, a Alegra Foods, empresa formada pelas cooperativas dos Campos Gerais – Castrolanda, Frísia e Capal –, também aposta no crescimento do consumo interno. De acordo com o superintendente da Unidade de Carnes, Ivonei Durigon, a linha de produtos não para de aumentar. “Nós acreditamos na retomada do consumo, no aumento das exportações. Temos a expectativa que o Brasil cresça novamente e vamos seguir o mesmo caminho. Nos países mais desenvolvidos, a carne suína é a mais consumida. E o brasileiro está reaprendendo a consumi-la”, acredita. Atualmente, a empresa abate 2,8 mil animais por dia. A previsão é crescer para 4,6 mil no curto prazo.

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