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Cooperativas goianas pedem recursos para o milho


O presidente da seção goiana da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Antônio Chavaglia, fez um apelo anteontem aos ministros da área econômica para que viabilizem recursos para ações de apoio à comercialização da safra. “Sabemos que o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) está fazendo o possível para nos ajudar na questão do milho, mas ele não pode liberar contratos de opção sem que tenha os recursos previamente assegurados”, comenta Antônio Chavaglia.

O dirigente da OCB adverte, entretanto, que o governo pode enfrentar um novo e grave quadro de desabastecimento de milho no próximo ano, caso não viabilize instrumentos de apoio à comercialização da safra atual. O produtor está colhendo uma boa safrinha (safra de inverno), mas está sendo obrigado a entregar seu produto a menos de R$ 13,00 a saca, se considerado o desconto do Fundo Rural. Isso significa que em muitos casos não se está conseguindo sequer cobrir os custos de produção”, reclama o presidente da OCB-Goiás.

Paliativo

Antônio Chavaglia admite que o governo não tem sido insensível ao problema da comercialização do milho: “Já liberou um volume considerável de contratos de opção, aumentou de R$ 4,04 para R$ 5,70 o prêmio de escoamento do milho de Goiás para o Nordeste, medidas que amenizam a crise, mas não resolvem o grave problema de comercialização da safra”. Segundo ele a crise tem gerado situações contraditórias, como a de produtores que venderam o milho para o governo a R$ 17,00 a saca, através dos contratos de opção, e outros que vendem o mesmo produto no mercado por apenas R$ 13,00.

“Isso demonstra que o País carece urgentemente de uma política estável de comercialização dos produtos agrícolas, caso queira ver sua produção continuar crescendo”, diz o dirigente da OCB. Ele reconhece que ainda é cedo para se cobrar do governo essa estabilidade do setor, mas argumenta que alguma coisa precisa ser feita emergencialmente, pelo menos para garantir um plantio razoável de milho na próxima safra. “Esse é o momento em que o produtor está fazendo sua opção de plantio, pois está iniciando a compra dos insumos. Depois dessa fase, não há mais como voltar atrás”, diz Antônio Chavaglia.

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