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Copaaergs não recomenda replantio do milho

Para ter cobertura de seguro, plantio teria que ter sido plantado até 15 de janeiro


O Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs) realizou, na tarde dessa quinta-feira, no auditório da Fepagro, em Porto Alegre, uma reunião extraordinária, em que foi decidido não recomendar o replantio do milho na safrinha.


Integrado por representantes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), da Empresa de Assistência Técnica Rural (Emater) e do 8º Distrito de Meteorologia (DISME), o conselho discutiu, entre outros assuntos, com base nas previsões meteorológicas e na análise do comportamento das chuvas nos últimos dias, se deveria ou não recomendar o replantio do grão neste período.

Conforme a diretora do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), Bernardete Radin, de acordo com o zoneamento agrícola, o plantio do cereal, para ter cobertura de seguro, teria que ter sido plantado até o dia 15 de janeiro. “Para recomendar o replantio daquelas áreas que foram perdidas em função da estiagem, teríamos que analisar se há condições de umidade no solo adequadas para isso”, explicou.

Conforme a meteorologista, estas condições foram encontradas na região nordeste e parte do norte do Estado. “Mas, como o período de enchimento dos grãos só ocorre a partir de abril, e nestas regiões é um período de temperaturas baixas, ruim para esta fase da cultura, decidimos não fazer esta recomendação”, acrescentou.


Nas regiões em que seria possível coincidir a fase de enchimento dos grãos com temperaturas ideais, que seriam a Depressão Central, Frronteira Oeste Fronteira Noroeste, hoje não há condições de solo adequadas. “Por isso, decidimos não recomendar o replantio”, afirma Bernardete Radin.

Ela não descarta a possibilidade que, de acordo com a evolução do quadro meteorológico, os conselheiros venham a fazer esta recomendação nas próximas semanas. “Mas ai os produtores terão que estar conscientes de que as previsões indicam que fevereiro e março serão meses de chuvas abaixo dos níveis normais”, finalizou a meteorologista.

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