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Coronavírus apresenta reflexos no comércio exterior e dólar bate recorde nominal

Com alta de 0,63% na última sexta-feira, 31, dólar segue em alta e o real tem pior desempenho dos últimos 10 anos


Foto: Pixabay

Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na última semana emergência de saúde pública global em função do surto do coronavírus. A doença que já matou mais de 360 pessoas e infectou mais de 17 mil teve como fonte primária de manifestação do vírus a cidade de Wuhan, importante polo econômico do país. A alta disseminação tem influenciado o comércio exterior e preocupado investidores de todo o mundo, já sendo possível sentir os reflexos com queda da bolsa de valores e instabilidade do dólar comercial. O real teve seu pior desempenho dos últimos dez anos e foi a divisa que mais desvalorizou em janeiro entre as principais moedas globais.

O mercado brasileiro tenta se recuperar com a forte queda dos principais indicadores econômicos globais, porém, como a China corresponde a 28% das exportações brasileiras, os impactos da doença devem perdurar. De acordo com o diretor comercial da Ativo Soluções em Comércio Exterior, Aron Flemming Brito, o vírus deve impactar diretamente a economia global, “já que um dos principais países que movimentam o mercado internacional está em processo de desaceleração econômica. O Brasil, por exemplo, possivelmente irá vender para a China menos produtos e em um valor ainda menor".

Com a gravidade da situação, a instabilidade no comércio exterior preocupa investidores. “Mercados mais voláteis e sensíveis estão vivendo um período de pressão com a variação dos câmbios. Estrangeiros tem retirado seus investimentos de países emergentes como o nosso, o que deve afetar ainda mais nossa economia", complementa Aron. O estado de Santa Catarina pode ser diretamente afetado, tanto pelo desabastecimento de produtos, peças e maquinários importados da China, como pela queda de mercadorias exportadas ao país em curto prazo. 

Coronavírus

Esse novo vírus é variante de outro coronavírus até então não identificado em humanos. A investigação iniciou após a notificação de casos de pneumonia de causa desconhecida em dezembro do ano passado, na cidade chinesa de Wuhan. Centenas de casos foram registrados também na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Vietnã, Cingapura, Arábia Saudita e Estados Unidos da América.

A contaminação pode acontecer tanto de animais para humanos, como entre pessoas, através do ar ou por contato pessoal através de secreções contaminadas. Porém, conforme informe da Sociedade Brasileira de Infectologia, outros coronavírus não são transmitidos para humanos sem que haja uma mutação. Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo, ou seja, qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente. Os sintomas característicos são febre, acompanhada de sintomas respiratórios.

Entre as orientações para evitar o contágio estão evitar o contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos; usar lenço descartável para higiene nasal; manter ambientes bem ventilados e evitar também contato com animais selvagens ou animais doentes em fazendas ou criações.

 

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