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Cotação da soja mais perto de US$ 10 o bushel


As cotações da soja voltaram a subir ontem (17-03) na bolsa de Chicago e se aproximaram ainda mais da barreira dos US$ 10 por bushel, não superada desde junho de 1988. Depois de muitas oscilações, os contratos com vencimento em maio, que chegaram a bater em US$ 9,99, fecharam a US$ 9,94, em alta de 5 centavos de dólar, enquanto os papéis para entrega em julho subiram 4,75 cents e alcançaram US$ 9,8350.

Logo em seu início, a sessão de ontem em Chicago sentiu a pressão de um possível acordo entre governo e fiscais agropecuários no Brasil para encerrar uma greve que ontem chegou ao terceiro dia. Quando uma solução negociada para o problema parecia difícil ontem, foram divulgadas novas estimativas para a safra argentina, que deram novo fôlego às cotações.

Segundo esta última estimativa da Secretaria da Agricultura da Argentina, a produção local de soja deverá alcançar 34,7 milhões de toneladas nesta safra 2003/04. Até o mês passado, fontes do governo platino acreditavam que a colheita renderia até 37 milhões de toneladas, mas a longa estiagem em algumas regiões reverteu as expectativas.

A nova previsão oficial é inclusive menor que a produção apurada na safra 2002/03, que totalizou 34,8 milhões de toneladas, conforme a secretaria. As perspectivas de aumento em 2003/04 estavam baseadas na área plantada, que para este ciclo somou 14,1 milhões de hectares, segundo o governo, ante os 12,6 milhões da temporada passada.

Para o milho, a Secretaria de Agricultura elevou sua estimativa para 12,4 milhões de toneladas, ante as 12,1 milhões previstas em fevereiro. Ainda assim, o novo número está 6,6% abaixo da colheita de 2002/03, que somou 15 milhões de toneladas. A área plantada para 2003/04 atingiu 2,88 milhões de hectares.

No Brasil, a CNA elevou para 6,1 milhões de toneladas sua estimativa de perdas na produção de soja nesta safra em decorrência de problemas climáticos - chuvas no Mato Grosso e estiagem no Sul - e da doença conhecida como ferrugem para 6,1 milhões de toneladas. Segundo a entidade, a produção nacional atingirá, no máximo, 51,5 milhões de toneladas.

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