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Cotações do milho apresenta baixa em Chicago

Isso ocorre porque o clima continua favorável no Meio Oeste estadunidense, com chuvas regulares neste final de agosto


As cotações do milho, nesta última semana de agosto, apresentaram leve viés de baixa em Chicago. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (29) em US$ 3,59/bushel, contra US$ 3,63 uma semana antes.

Os operadores se concentraram nas informações do Crop Tour da Pro Farmer, que avançou nas visitas à campo verificando a situação das lavouras estadunidenses. O mesmo estimou uma produtividade média para Illinois em 10.747 quilos/hectare (179,1 sacos/ha), contra os 11.364 quilos indicados pelo USDA em seu relatório de oferta e demanda do dia 12/08. Assim, ganha mais importância o relatório deste mês de setembro, previsto para o dia 12 igualmente.

Para Iowa a produtividade ficaria em 11.801 quilos; e para Minnesota a mesma chegaria a 10.697 quilos. Neste contexto, a safra estadunidense de milho estaria estimada em 339,4 milhões de toneladas, com produtividade média de 10.253 quilos/ha. Bem abaixo do que estimou o USDA em seu relatório de agosto. Em se confirmando este número do setor privado, as cotações do milho tendem a subir em Chicago. Caso contrário, deverão se manter nos atuais níveis.

Dito isso, as condições das lavouras de milho nos EUA, até o dia 25/08, estavam com 57% entre boas a excelentes, 30% regulares e 13% entre ruins a muito ruins, o que indica uma pequena melhora nas mesmas e ficando dentro do esperado pelo mercado.

Isso ocorre porque o clima continua favorável no Meio Oeste estadunidense, com chuvas regulares neste final de agosto.

Por sua vez, na Argentina a tonelada FOB fechou a semana cotada em US$ 146,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 125,00.

E no Brasil, os preços do milho ficaram estáveis, com o balcão gaúcho fechando a semana e o mês de agosto em R$ 32,56/saco, enquanto os lotes registraram valores entre R$ 37,00 e R$ 38,00/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes giraram entre R$ 23,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 38,50/saco nas regiões catarinenses de Videira, Concórdia, Chapecó e Campos Novos.

A paridade de exportação continua sendo o elemento central do mercado interno. E neste ponto, o Real muito desvalorizado favorece às exportações. O Banco Central brasileiro vem intervindo no mercado cambial, porém, não está conseguindo valorizar a moeda nacional, pressionada por inúmeros fatores negativos internacionais e também locais.

O litígio comercial entre EUA e China ajuda ao milho, pois indiretamente o produto se valoriza nos portos, onde os preços giraram entre R$ 36,00 e R$ 37,00/saco no início da semana. No final da mesma tais preços subiram para R$ 37,50/saco, dentro de um contexto em que os produtores diminuem suas vendas nesse momento na expectativa de preços futuros melhores.

Por outro lado, as exportações brasileiras de milho, em 17 dias úteis de agosto, somaram 6,29 milhões de toneladas, com preço médio de US$ 174,40/tonelada, valor que equivale, ao câmbio atual, a R$ 43,42/saco.

Enfim, a colheita da safrinha está encerrada, tendo a mesma chegado a 74,5 milhões de toneladas no Centro-Sul brasileiro. As primeiras projeções para a safra 2019/20 dão conta de um volume total de 104 milhões de toneladas, sendo 3,5 milhões a menos do que o colhido no corrente ano. A área total seria reduzida em 1,8% em relação ao último ano. 
 

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