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Cotações do trigo subiram bem durante a semana

Vendas líquidas estadunidenses ficaram em 437.700 toneladas na semana encerrada em 14/11


As cotações do trigo em Chicago subiram bem durante a última semana de novembro, com o primeiro mês cotado chegando a 5,28 no fechamento do dia 27/11, véspera de feriado nos EUA, contra US$ 5,09 uma semana antes.

As vendas líquidas estadunidenses ficaram em 437.700 toneladas na semana encerrada em 14/11, com um aumento de 29% sobre a média das quatro semanas anteriores. O volume ficou próximo do limite máximo esperado pelo mercado. Já as inspeções de exportação chegaram a 420.813 toneladas na semana encerrada em 21/11, acumulando um total de 12,5 milhões de toneladas no atual ano comercial, contra 10,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, as condições das lavouras de trigo de inverno, até o dia 24/11, estavam com 52% entre boas a excelentes, 34% regulares e 14% entre ruins a muito ruins.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação de trigo ficou entre US$ 180,00 e US$ 220,00, enquanto a safra nova argentina se estabeleceu em US$ 195,00 na compra.

No mercado brasileiro, o balcão gaúcho fechou a última semana de novembro na média de R$ 38,85/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 43,80/saco. No Paraná, o balcão registrou a média de R$ 47,00, enquanto os lotes ficaram entre R$ 54,00 e R$ 55,00/saco. Já em Santa Catarina, o balcão estacionou entre R$ 42,00 e R$ 43,00/saco, enquanto os lotes, na região de Campos Novos, registraram R$ 48,90/saco.

O mercado acompanha o encerramento da colheita no Rio Grande do Sul, atento às quebras de produção e de qualidade no Sul do país. Além disso, com a nova desvalorização do Real, as importações ficam ainda mais caras. Tudo isso sustenta os preços do trigo e deve aumentar os mesmos para os próximos meses, em especial o produto de qualidade superior.

Neste contexto, ganha espaço cada vez maior a colheita que se desenvolve na Argentina. A mesma teria atingido a 20% da área até o início da presente semana. Espera-se que a mesma force uma redução nos preços internos argentinos para compensar em parte o câmbio no Brasil e, com isso, favorecer as importações brasileiras.

Ainda em termos do mercado gaúcho, a colheita estaria superando os 90% da área, sendo que as primeiras verificações do que já foi colhida apontam que 60% da produção seria de produto de qualidade inferior, confirmando nossos alertas anteriores.

Agora, o mercado passa a acompanhar o câmbio, a colheita na Argentina e a definição da qualidade do trigo brasileiro colhido nesta safra. O conjunto destes fatores aponta para preços em alta, salvo alguma surpresa de última hora. Assim, o trigo de qualidade disponível começa a valer cada vez mais, com potencial de novas altas nas semanas seguintes. O mercado considera que o quadro se mostra tão difícil que, mesmo com um Real mais valorizado, os preços devem continuar firmes no mercado interno brasileiro.

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